Décadas após plantadas, palmeiras raras florescem pela primeira e última vez no Rio

De acordo com a chefe de Curadoria da Coleção Viva do Jardim Botânico do Rio, Thais Hidalgo, a planta morre naturalmente cerca de um ano após a floração

Reuters

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Palmeiras Talipot mudaram a paisagem do Aterro do Flamengo e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro neste final de ano, com sua única floração antes de morrer, décadas após terem sido plantadas.

Originária da Índia e do Sri Lanka, a espécie chegou ao Brasil na década de 1960 por meio do paisagista Roberto Burle Marx. A palmeira, que pode ultrapassar os 20 metros de altura, leva entre 30 e 80 anos para dar flores pela primeira, e última, vez.

De acordo com a chefe de Curadoria da Coleção Viva do Jardim Botânico do Rio, Thais Hidalgo, a planta morre naturalmente cerca de um ano após a floração.

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“Esta palmeira investe toda a energia neste único ciclo reprodutivo, para a produção de milhares de frutos. Depois, as folhas dela secam”, explicou em entrevista à Reuters.

No Jardim Botânico são três exemplares da espécie, mas apenas dois estão em flor. Como o outro foi plantado há apenas um ano, o fenômeno vai demorar a acontecer novamente no local. A última floração de uma Talipot por lá foi em 2010.

Segundo Hidalgo, o conjunto de palmeiras no Aterro do Flamengo é maior, mas nem todas estão florindo. As condições ambientais podem afetar o amadurecimento da planta, disse.

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A morte da palmeira, no entanto, não é o fim. No Jardim Botânico, as Talipot são cortadas na base e dão origem a novas mudas.