Bradesco é o banco “mais bem posicionado” para aproveitar uma melhora na economia, diz diretora

Denise Pavarina e Carlos Firetti falam do posicionamento do banco para sobreviver à disrupção digital

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O setor financeiro brasileiro está entre os que despertam mais empolgação entre investidores para o ano que vem. Entre as empresas desta indústria, o Bradesco é visto por analistas como uma das grandes oportunidades na bolsa de valores.

Para a diretora executiva do banco, Denise Pavarina, e o diretor de relações com o mercado, Carlos Firetti, as empresas do setor que estiverem melhor posicionadas para lidar com um cenário disruptivo serão as mais bem-sucedidas em uma retomada da economia. 

Denise conta que o Bradesco aumentou os parâmetros para concessão de crédito de forma a otimizar os empréstimos. “A gente multiplicou quase por três vezes o número de modelos, que permite que a gente aumente o volume até por cliente, mesmo que ele não tenha todo o dinheiro no banco ou não declare”, diz.

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“Somos um banco brasileiro que acredita no Brasil e, com a economia crescendo, o que a gente espera, nós somos o banco mais bem posicionado para esse crescimento”, diz a diretora.

Dentro deste posicionamento, ela destaca o segmento de seguros e as atitudes da empresa em tecnologia, principalmente a assistente virtual Bia e o banco digital Next. No caso da “robô”, foram três anos de investimentos. Atualmente, ela já atende clientes e está praticamente pronta para realizar transações financeiras propriamente, como transferências entre contas de clientes por exemplo.

Já o banco digital tem missão de conquistar a geração Millennial – e 80% dos correntistas do Next não eram clientes do Bradesco anteriormente. “Mas ele já começa a ter outros fins. Nessa portabilidade de salários a gente já está conquistando contas pelo Next”, complementa. Vale lembrar que a gestão do Next é separada do Bradesco em si.

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“Estamos prontos para os avanços e rupturas que estão acontecendo”, complementa a executiva.

Spread

Para Firetti, a tendência para os próximos anos é que o spread bancário siga em queda pelos próximos anos, como ajuste referente à competição do sistema, além do risco menor de crédito e a taxa de juros menos. O importante para as instituições neste sentido o importante é “proteger a margem geral do banco desta tendência”.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney