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Mapa Mundi InfoMoney: outubro será de novos recordes ou de “ressaca” nas bolsas?

Juros devem seguir em queda no Brasil e se manter baixo nos EUA e na Europa; contudo, sinalizações sobre retiradas de estímulos lá fora e temores sobre o cenário eleitoral de 2018 devem continuar aturdindo os "comprados" em bolsa; veja o que fazer
Por  Rafael Souza Ribeiro
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Confira a edição do relatório “Mapa Mundi InfoMoney” de outubro, com um breve resumo de como foi setembro aos olhos do mercado e o que esperar deste novo mês. O “Mapa Mundi” faz parte da Carteira Recomendada InfoMoney, que será divulgada ao público geral nesta quarta-feira (4) AO VIVO às 14h45 (horário de Brasília) na InfoMoneyTV.

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Mapa Mundi InfoMoney: outubro será um mês de novos recordes ou de “ressaca” nas bolsas?

Setembro entrou para a história, mas… Apesar de ser um dia trágico na recente história, o dia 11 de setembro ficará na memória do investidor pela superação do topo histórico marcado em 29 de maio de 2008 nos 73.920 pontos, agora em 76.419 pontos, o que selou o bom momento do mercado em 2017, ano que o Ibovespa sobe mais de 20%. Os sinais de recuperação da economia e o comportamento benigno da inflação sustentaram o bom humor dos investidores, que também foram embalados por mais um mês de recordes nas bolsas internacionais. Porém, o fim do mês e aquela impressão de que estamos no final da festa recaiu sobre o mercado. O discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalizando que os juros devem subir antes da inflação atingir a meta de 2% pode ser o “início do fim” da farra da liquidez. Além disso, boa parte do ritmo de cortes do Copo, que deve levar a Selic até 7%, já está precificado pelo mercado. Por fim, cada vez mais pesquisas indicam que as incógnitas Lula e Bolsonaro seguem com forte capital político e aumentam as incertezas sobre uma agenda reformista para 2019. Assim, encerrado setembro, fica a pergunta: o que pode levar o mercado para um novo rali de alta?

A festa acabou?: Um dos drivers que pode guiar uma nova escalada do mercado é a aprovação da reforma da Previdência, fundamental para o ajuste fiscal e para dar um novo fôlego para o mercado brasileiro. Porém, até Henrique Meirelles, um dos grandes entusiastas da agenda de reformas, não vê uma solução para este ano, como pode ficar para o próximo governo. A conta do ministro da Fazenda é simples: com a tramitação da segunda denúncia contra Michel Temer, que deve paralisar o Congresso em outubro, assim como a chegada do final do ano, não deve viabilizar a votação de um tema tão controverso. Se o clima político não deve favorecer um novo rali da bolsa, a economia brasileira pode surpreender e dar um gás para o Ibovespa. No dia 6 será divulgado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, com expectativa de desaceleração de 0,19% para 0,08% frente agosto, assim como o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de outubro no dia 20. Se os preços seguirem em queda, o mercado começará a vislumbrar até mesmo um corte de 100 pontos-base na próxima reunião do Copom, que será realizada no dia 25.

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A fonte está secando: Mais do que monitorar a escalada das tensões entre Coreia de Norte e EUA, as sinalizações do Federal Reserve e do BCE (Banco Central Europeu) quanto ao ritmo de expansão da política monetária será fundamental para a dinâmica dos mercados. No dia 4, Janet Yellen irá discursar e deve dar novas dicas sobre a condução dos juros, que devem aumentar já em dezembro. Por isso, é fundamental acompanhar os índices de inflação ao produtor e consumidor nos dia 12 e 13, respectivamente, como o PIB no dia 27, pois uma mostra de ociosidade da economia pode frear o ímpeto do BC dos EUA em subir os juros e renovar os ânimos do mercado. Na penúltima semana de outubro, mais precisamente no dia 26, será a vez de Mario Draghi decidir como será o ritmo de retirada dos estímulos monetários. Por fim, mas não menos importante, na China haverá o início do Congresso do Partido Comunista no dia 18, quando serão conhecidos os novos líderes do partido, enquanto no dia 19 haverá uma bateria de indicadores econômicos: PIB do terceiro trimestre, produção industrial e vendas no varejo de setembro.

O que fazer? Sem a reforma da Previdência no horizonte e o comportamento dos juros delineado, os investidores vão precisar focar nos aspectos microeconômicos para rentabilizar sua carteira, tentando se aproveitar da temporada de divulgação dos resultados do 3º trimestre, que começa na segunda metade do mês. Diante deste cenário menos eufórico, a Carteira InfoMoney manteve seus calls mais seguros e fez ajustes para buscar tirar proveito de balanços que podem reforçar o otimismo com certas empresas. Aproveitamos também as quedas do final de setembro para encarteirar empresas com ótimos fundamentos e preços mais convidativos.


A Carteira InfoMoney será disponibilizada ao geral nesta quarta-feira (4) AO VIVO às 14h45 (horário de Brasília) na InfoMoneyTV. Para os alunos do curso Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora , as novas recomendações já estão disponíveis desde 29 de setembro (quer receber estas recomendações antes? Clique aqui e faça parte do grupo!).

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