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Investindo no setor imobiliario nos EUA

Apesar da volatilidade do mercado global, o setor de habitação nos EUA tem-se mantido forte. Temos consistentemente visto números sólidos no setor este ano, com aumento de vendas de novas moradias e pedidos de hipotecas. Entenda como investir nesse setor atraves do mercado financeiro.
Por  Livia Mansur
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Apesar da volatilidade do mercado global, o setor de habitação nos EUA tem-se mantido forte. Temos consistentemente visto números sólidos no setor este ano, com aumento de vendas de novas moradias e pedidos de hipotecas. As revendas de casas nos Estados Unidos aumentaram 4,7% em setembro atingindo uma taxa anual de 5,5 milhões de unidades, o segundo maior ritmo de vendas mensal desde fevereiro de 2007. O Índice de Preços da Federal Housing Finance Agency House (FHFA HPI) ajustado subiu 0,3% em agosto, o que representa uma alta de 5,5% ante o ano anterior. O Índice da Associação Nacional de Construtores do mercado de habitação atingiu o maior índice dos últimos 10 anos em outubro. As construções de novas casas subiram 6,5 % em setembro, atingindo a taxa anualizada de 1,21 milhões, acima da faixa de previsões e o segundo mais alto nível em oito anos.

Para os investidores que já entenderam que comprar imoveis nos EUA pra investimentos não é tao simples como parece, principalmente para um estrangeiro que conhece pouco o mercado, suas taxas, sua particularidades, os custos de ter uma administração profissional para alugar os imoveis, etc, o mercado financeiro americano oferece opções mais simples e mais líquidas:

REIT (Real Estate Investment Trust) 

Os REITs são muito semelhantes aos Fundos de Investimentos Imobiliário (FIIs) que temos no Brasil: distribuem boa parte da renda gerada (90%), investem majoritariamente em imoveis ou títulos relacionados a imoveis (75%) e negociam em bolsa.
Os principais tipos são: 
REITs de capital – investem imóveis e suas receitas vêm principalmente do aluguel de suas propriedades. São os popularmente chamados ‘fundos de tijolo” no Brasil.
REITs hipotecários – investem em hipotecas de propriedades e suas receitas são geradas principalmente pelos juros sobre os empréstimos hipotecários.
REITs híbridos – combinam as duas estratégias de investimentos acima.
ETFs de REITs – investem em diversos REITs, diversificando os investimentos.

Existem mais de 300 REITs de capital aberto que operam nos EUA cujo volume médio diário mais do que quadruplicou nos últimos 3 anos, atingindo mais de US $ 280 milhões de dólares. O dividend yield médio de um REIT é 3-6% ao ano.
Mas atenção a uma informação muito importante: no caso do investidor estrangeiro (Brasileiro que investe no exterior) o governo americano retém diretamente na fonte o imposto sobre os dividendos (30%), o que deve ser levado em conta antes de tomas a decisão de investimento.

Fundos Offshore

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Para o investidor que não quer pagar esse imposto na fonte, a alternativa seriam fundos Offshore com foco em investimentos no mercado imobiliário americano. Assim como no caso dos REITs, é possível comprar fundos que investem em imoveis ou em titulos ligados a financiamentos imobiliários (MBS – Mortgage-Backed Securities).
Esse tipo de investimento é interessante, na minha visao, por 4 motivos:
1-      Se beneficiar da recuperação de preço dos imóveis residenciais e comerciais nos EUA em regiões menos obvias (fora das grandes metrópoles);
2-      Diversificar seus investimentos, pois os MBSs têm baixa correlação com outros produtos de renda fixa;
3-      Diminuir a volatilidade causada pela expectativa de alta de juros;
4-      Receber juros mensais relativa ao rendimentos dos ativos da carteira.

Livia Mansur Livia Mansur é especialista em alocação de recursos de clientes de alta renda com mais de 12 anos de experiência. Hoje mora em Miami e atua no mercado financeiro internacional.

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