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Call de urânio mais esperado do trimestre reforça grande oportunidade de investimento

Basicamente, os fundamentos continuam a melhorar em todos os aspectos
Por  Marcelo López
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

No final da semana passada, tivemos o call mais esperado do trimestre: a canadense Cameco, segunda maior produtora de urânio do mundo, apresentou seus resultados. Os resultados em si não significaram nada e não trouxeram surpresas. Todos já sabemos que a maior mina do mundo, McArthur River, está fechada devido aos baixos preços do mineral.

Mesmo assim, a conferência trouxe informações valiosíssimas para quem acompanha o setor (o link para a gravação está aqui). Basicamente, os fundamentos continuam a melhorar em todos os aspectos.

Eles mencionaram que irão ainda comprar 2 milhões de libras de urânio a mais esse ano do que o anteriormente anunciado. Assim, segundo nossas contas, a Cameco comprou cerca de 6 milhões de libras no primeiro semestre e ainda precisará comprar, pelo menos, mais 12 milhões de libras até o final do ano.

Também disseram que o Japão finalmente fez a transição de vendedor líquido para comprador líquido da commodity. O país asiático, que já foi o segundo maior comprador de urânio do mundo, resolveu fechar todos os reatores nucleares depois do acidente de Fukushima, e, pouco tempo depois, voltou a religar alguns deles, sendo que hoje já há 9 em operação e outros 17 aguardando a liberação para voltar a produzir energia.

Rick Rule, CEO da Sprott e investidor que ficou famoso ao ganhar seu primeiro bilhão justamente com ações de urânio, disse para mim no primeiro podcast desse ano (ouça aqui) que está extremamente bullish com o metal – mais até do que estava na primeira vez, há 15 anos. Para ele, o fator decisivo para o bull market realmente começar a decolar seria o Japão.

O mercado secundário de urânio continua a encolher, assim como o underfeeding. A Cameco disse que o rápido aumento no custo da conversão do material deve acabar refletindo no preço do urânio.

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Participarei em setembro no Simpósio da WNA (World Nuclear Association) e terei mais novidades até lá. Segundo a produtora canadense, o mercado deve ficar de lado até então.

Aproveitando o momento, a China, que pretende declaradamente, pelo menos, triplicar sua capacidade instalada de geração de energia nuclear, anunciou também na semana passada que está construindo 6 novos reatores nas plantas de Rongcheng, Zhangshou e Taipingling.

Vale reiterar que a tese de investimento em urânio é essencialmente simples: um mercado no qual a demanda está aumentando sistematicamente, a oferta está diminuindo consistentemente, os estoques estão baixando e os compradores finais são praticamente indiferentes ao preço. Investir não fica muito mais fácil que isso.

Leia também:

– Como investir em urânio

Disclaimer: Esse texto reflete a opinião do autor e não constitui uma sugestão, recomendação, indicação e/ou aconselhamento de investimento. Nenhuma decisão de investimento deve ser tomada com base nas informações ora apresentadas, cabendo unicamente ao investidor a responsabilidade sobre qualquer decisão que venha a tomar.

O autor detém e negocia ativos ligados ao assunto abordado em sua carteira proprietária e/ou na de clientes sob sua gestão remunerada.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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