“Como economizei R$ 55.986 no semestre sem abrir mão de nada que gosto”

Editor-chefe do InfoMoney revela como reduziu drasticamente seus gastos em um período tão curto de tempo, apenas aplicando técnicas financeiras simples que você também poderia usar ao tomar decisões cotidianas de consumo

João Sandrini

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(SÃO PAULO) – Muita gente subestima o poder do planejamento financeiro e é exatamente por isso que eu gostaria de compartilhar 8 decisões financeiras que tomei e que me permitiram economizar quase R$ 56.000 no primeiro semestre.

O que fiz foi bem simples: utilizei técnicas financeiras que milhões de pessoas também poderiam aplicar nas suas vidas para reduzir drasticamente suas despesas sem abrirem mão do que gostam para terem mais dinheiro.

E reforço: são técnicas simples que a maioria dos brasileiros poderia aplicar, mas que quase ninguém aplica, seja porque não dispõe das informações necessárias para tomar a melhor decisão ou por falta de tempo para se debruçar sobre o problema e buscar a alternativa mais vantajosa.

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Ao final desse texto, acredito que a maioria dos brasileiros vai chegar à surpreendente conclusão que está jogando milhares de reais fora e que fazer um bom planejamento financeiro poderia ser muito mais importante para colocá-lo imediatamente no caminho do enriquecimento do que a forma como o dinheiro guardado é investido.

Sim, é isso mesmo. Planejamento financeiro pode ter um efeito de curto prazo muito mais efetivo do que investir bem para a maioria dos brasileiros.

Acompanhe essa conta simples. Imagine que eu seja um cara que aplica principalmente em renda fixa como a maioria dos brasileiros. Se eu investir bem, acredito que terei um retorno líquido próximo ao CDI, a principal referência para investimentos em renda fixa no Brasil.

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No primeiro semestre, o CDI foi equivalente a 6,72%. Então para ganhar R$ 55.986 com investimentos que rendem o CDI, eu teria que ter investido R$ 833.125 ao longo de seis meses. Mas quantos brasileiros possuem mais de R$ 833.000 para investir, não é mesmo?

Se você tem R$ 10.000 em investimentos, por exemplo, teria ganhado apenas R$ 672 com seus investimentos com retorno de CDI. Se tiver R$ 100.000 investidos, ganharia R$ 6.720. Já o planejamento financeiro me permitiu economizar pouco menos de R$ 56.000 em um semestre – ou seja, quase 9 vezes mais.

É por isso que muitas vezes não entendo por que motivo a cada dez perguntas que os leitores do InfoMoney me enviam, nove são sobre investimentos e apenas uma é sobre planejamento financeiro. Sei que o mercado de investimentos é muito mais sexy porque muitas fortunas já foram feitas na Bolsa. Planejamento financeiro é bossa nova e investimento é carnaval, diria Rita Lee.

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Um dos problemas que já identifiquei é que a maioria dos brasileiros tem um entendimento errado do planejamento financeiro. O senso comum é que planejamento financeiro é passar horas preenchendo planilhas para escolher que gastos terão de ser cortados, fazendo você abrir mão de coisas que gosta.

Na verdade, planejamento financeiro está mais ligado, em minha concepção, a inteligência financeira. É aprender a avaliar os prós e contras de cada decisão de consumo e escolher a opção que vai lhe permitir pagar o mínimo possível por determinado produto ou serviço. É parar de queimar dinheiro ao fechar compras sem fazer antes esse tipo de reflexão.

Nem sempre é fácil fazer isso, mas a recompensa é enorme. Pessoas com inteligência financeira economizam sem ter de abrir mão do que gostam – só terão de aprender a fugir de algumas armadilhas do marketing, identificar o melhor custo/benefício em cada momento e abandonar hábitos que lhes tiram do caminho do enriquecimento.

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Você só vai ter que aplicar técnicas simples que funcionam para os endividados, para quem ainda não começou a poupar, para quem já poupa um pouco ou para quem já está no caminho do enriquecimento, mas agora quer engatar a quinta marcha.

Duvida? Então entenda essas 8 decisões que tomei recentemente e que me permitiram economizar quase R$ 56.000 apenas no primeiro semestre e veja como há muitas coisas você também poderia fazer:

1 – Deixe de gerar lucro e vire um custo para seu banco

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Em 2012 abri uma conta digital no Itaú (também chamada de iConta) e desde então nunca mais paguei tarifas bancárias por serviços típicos de conta corrente. Os três maiores bancos do Brasil – Bradesco, Itaú e Banco do Brasil – oferecem esse serviço gratuito a qualquer pessoa física, mas, estranhamente, milhões de brasileiros preferem rasgar dinheiro e pagar por serviços que poderiam ser gratuitos.

Cartão do Itaú - iConta

Pelo meu perfil de uso de serviços bancários, se eu fosse contratar um pacote mensal, escolheria o que o Banco Central chama de pacote 3, que inclui por mês sem custo adicional ao da mensalidade 5 folhas de cheque, 6 saques, 6 extratos, 2 TED/DOC e 4 transferências entre contas do próprio banco, além de um cartão de débito para realizar pagamentos. Esse pacote 3 custa R$ 24,10 por mês no Itaú.

É importante lembrar que a conta digital que contratei é 100% gratuita desde que eu não vá na agência fazer operações que eu poderia fazer pelo internet banking, pelo caixa eletrônico ou pelo telefone. Como não usei nada disso, economizei R$ 144,60. É pouco, né? Mas calma que essa conta da economia vai aumentar muito ainda.

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2 – Passagens aéreas sem custo

No semestre, comprei três passagens aéreas de Chapecó para Viracopos usando meus pontos do cartão de crédito. Usei 24.000 pontos da Azul para comprar passagens que geralmente custam cerca de R$ 250 cada uma, conforme o print abaixo. Economizei, portanto, R$ 750.

João - milhas no primeiro semestre

Aqui acho que milhões de brasileiros já fazem o mesmo que eu e também usam as milhas do cartão, da empresa aérea ou de outros programas de fidelidade para economizar. O que vejo que nem todo mundo faz é aproveitar todas as oportunidades, por exemplo, concentrando todos os gastos num só cartão que paga muitas milhas ou reunindo pontos de diversos programas de fidelidade numa única conta para acelerar as conversões. Nesse curso que gravei, explico em detalhes como fazer isso.

3 – Passagens aéreas com comparadores (quase 50% de economia)

Sempre que planejo uma viagem de avião, procuro comprar a passagem aérea com muita antecedência porque assim tenho tempo de encontrar o melhor preço.

O primeiro passo é criar alertas de preço em sites como o Skyscanner para que diariamente eu passe a receber em minha caixa de e-mail o melhor preço para os trechos desejados. Aí é só esperar o dia em que chegará aquela oferta matadora para fechar a compra.

Para escrever esse texto, entrei nos sites das três principais companhias, me loguei e percebi que comprei 17 passagens aéreas durante o primeiro semestre.

Em todas essas 17 compras consegui um grande desconto em relação ao preço que vi quando abri os sites das companhias aéreas pela primeira vez para ter uma base do valor médio cobrado.

Minha conclusão é que paguei R$ 2.829 por 17 passagens cujo valor normal seria algo próximo a R$ 5.250 – portanto, com uma economia de mais R$ 2.421. Na tabela abaixo detalho melhor essa economia (as duplicidades ocorrem em momentos em que também paguei a passagem de minha mulher):

Voos - tabela

Toda vez que entro em um avião para um voo doméstico, sempre penso que nesse grupo de passageiros há alguns que pagaram R$ 100 e outros que pagaram R$ 1.000 para receber exatamente o mesmo serviço. Meu objetivo é ser sempre o cara que pagou R$ 100 – e quase sempre tenho conseguido.

4 – Airbnb para economizar muito com hospedagem

Em junho me casei e tive um problema de última hora que quase botou tudo a perder: apenas três dias antes do casamento, fiquei sabendo que não poderia usar o salão onde tínhamos planejado receber os convidados para a comemoração, que inicialmente seria usado sem custo nenhum.

Depois de cogitar diversas soluções, eu e a noiva concluímos que teríamos de gastar ao menos R$ 5.000 para alugar um espaço para festas na última hora, sem contar que se escolhêssemos um buffet teríamos de pagar bem mais caro pela comida, bebida e serviço.

Até que veio o estalo: e se a gente tentasse alugar um imóvel grande por um dia no Aribnb? Dito e feito: poucas horas depois eu reservava um casarão maravilhoso em Higienópolis (foto abaixo) pagando uma diária de R$ 1.600. Ou seja, uma economia de R$ 3.400 em relação à segunda melhor opção.

Casamento - espaço

Ok, talvez você esteja pensando que não vai se casar e que essa dica não serve para você. Na verdade, o que quero é chamar sua atenção para o Airbnb, esse serviço que revolucionou a hospedagem no mundo inteiro.

Veja outro exemplo. Em maio, eu e minha mulher decidimos que iríamos ao Rio de Janeiro ver algumas partidas da Olimpíada. Comprados os ingressos e os voos, fomos atrás da hospedagem.

Logo de cara percebemos que o mercado hoteleiro do Rio de Janeiro tinha pirado com os Jogos. Hotéis que custavam R$ 300 ou 400 a diária em maio estavam saindo por R$ 1.500 ou R$ 2.000 no período das partidas – e isso nos raros locais onde ainda havia vagas.

De novo a solução estava no Airbnb. Eu e minha mulher acabamos alugando um flat na Barra da Tijuca pagando R$ 499 a diária. Não chega a ser uma pechincha, eu sei. Mas considerando a qualidade da hospedagem que conseguimos tenho certeza que economizamos ao menos R$ 1.000 em relação aos preços estratosféricos que estavam sendo cobrados pelos hotéis. Convencido que isso muitas vezes também vai servir para você? Nesse curso dou mais dicas sobre hospedagem barata. 

5 – Previdência para pagar menos Imposto de Renda

No final de dezembro do ano passado, depositei R$ 15.000 em um plano de previdência do tipo PGBL. Esses planos permitem a todos que entregam a declaração completa do Imposto de Renda como eu reduzir o Imposto de Renda a ser pago ou aumentar a restituição no ano seguinte.

Com essa decisão de investir R$ 15.000 em PGBL na prática consegui reduzir em R$ 15.000 a base de cálculo sobre a qual é calculado meu IR.

Como eu pagaria a alíquota de 27,5% de IR sobre esses R$ 15.000, essa decisão permitiu que eu aumentasse a restituição recebida neste ano em R$ 4.125 (R$ 15.000 X 27,5%). Duvida? Então veja abaixo no recibo da minha declaração de IR quanto eu recebi de volta neste ano:

Declaração de IR - João

Qualquer brasileiro que entrega a declaração completa do IR pode fazer isso. Mas quantos fazem, não é mesmo?

6 – Imóvel alugado ficou bem mais barato

No final de 2014, vendi a casa onde morava. Ao invés de comprar um novo imóvel como acredito que 99% dos brasileiros fariam se estivessem em meu lugar, avaliei que os preços estavam em um patamar irreal e que o custo do aluguel seria muito inferior ao da aquisição.

Aluguei então o apartamento onde vivo até hoje em Pinheiros. No primeiro semestre deste ano, o custo médio de meu aluguel foi de R$ 3.050 mensais. Portanto, o total desembolsado no período foi de R$ 18.300.

Parece um custo elevado, não? Mas quanto eu ganhei por não ter comprado o apartamento? A conta é um pouco complexa, mas fique tranquilo que vou explicar bem devagar.

Outro dia reparei que havia um apartamento à venda no mesmo prédio onde moro. Não estou pensando em comprar nada, mas, só por curiosidade, telefonei para o número do corretor que colocou a placa de vende-se em frente ao meu edifício e perguntei qual era o valor pedido. Ele me disse que o proprietário queria R$ 900.000.

Entendo que hoje as transações no mercado imobiliário só estão sendo fechadas se o vendedor aceitar um desconto sobre o preço pedido e que por isso não é correto utilizar esses R$ 900.000 em meus cálculos.

De acordo com o estudo mais recente do FipeZap, a principal pesquisa de preços de imóveis do Brasil, o desconto médio praticado no mercado para o fechamento de uma venda é de 9,3% sobre o preço pedido. Então o valor real de compra de um apartamento igual àquele onde vivo seria de R$ 815.400 (R$ 900.000 – (R$ 900.000 X 9,4%)).

Ao não gastar esses R$ 815.400 e deixar esse dinheiro no banco investido, eu recebi juros. De quanto? Vou considerar que no primeiro semestre recebi o CDI líquido, ou 6,72%.

Considerando que investi os R$ 815.400 com um retorno de 6,72%, ganhei R$ 54.795 no primeiro semestre. Ou seja, paguei R$ 18.300 em aluguel e ganhei R$ 54.795 investindo o dinheiro que guardei ao não comprar nada.

Mas a conta é só essa? Não. Ainda é preciso considerar a valorização ou a desvalorização que o imóvel teria no período se eu tivesse comprado um.

Novamente de acordo com o FipeZap, os imóveis na cidade de São Paulo tiveram valorização média de 0,28% no primeiro semestre. Então um imóvel que custava R$ 815.400 em 1 de janeiro valia R$ 817.683 em 1 de junho.

Resumindo: ao não comprar o imóvel eu tive de pagar R$ 18.300 de aluguel e perdi a valorização de R$ 2.283, mas recebi R$ 54.795 com meus investimentos. Meu ganho líquido por não comprar e decidir alugar, portanto, foi de R$ 34.212 em seis meses.

O que ganhei ao voltar para o aluguel  O que perdi ao não comprar  Meu lucro líquido
Retorno de R$ 54.795 com aplicações financeiras  Paguei R$ 18.300 de aluguel e agora teria de pagar R$ 2.283 a mais se fosse comprar o mesmo imóvel  R$ 34.212

Não sei para você, mas R$ 34.212 em 6 meses é um bom dinheiro para mim. Só que a maioria das pessoas que conheço consideraria uma enorme derrota voltar a viver de aluguel.

O principal argumento do povo que nunca faria o que fiz é que viver de aluguel é jogar dinheiro fora. Na verdade, a imensa maioria dos brasileiros acredita nisso e opta por comprar um imóvel financiado para sair do aluguel.

O que falta, nesse caso, é a percepção de que quem toma emprestado dinheiro para comprar um imóvel também está pagando uma espécie de “aluguel” do dinheiro ao banco: os juros. Sim, é isso mesmo: você se livra de pagar o aluguel do imóvel ao proprietário e passa a pagar pelo aluguel do dinheiro ao banco. E pior: o aluguel cobrado pelo banco é bem mais alto – explico isso nesse curso. 

Vou de novo recorrer a um exemplo para provar isso. Imagine que você comprou no começo deste ano o mesmo imóvel de R$ 815.400, mas não pagou à vista. Você deu uma entrada de R$ 200.000 e financiou os outros R$ 615.400.

De novo o que você ganhou com essa decisão foi se livrar de pagar R$ 18.300 de aluguel, além de obter uma valorização de R$ 2.283 no preço do imóvel.

Já o que você perdeu, numa conta simplificada, foi um retorno de R$ 13.440 com a aplicação financeira que foi resgatada (R$ 200.000 X 6,72%) mais os juros de R$ 35.878 que foram pagos ao banco (considerando juros efetivos de 12% ao ano sobre um empréstimo de R$ 615.400 em 6 meses). Então seu saldo líquido foi negativo em R$ 28.735.

O que ganhei ao fazer a compra financiada  O que perdi ao não comprar  Meu prejuízo íquido
Obtive de uma valorização de R$ 2.283 no preço do imóvel e me livrei de uma conta de R$ 18.300 de aluguel  Deixei de ganhar R$ 13.440 com aplicações financeiras e ainda paguei ao banco juros de R$ 35.878 R$ 28.735

 Acho que uma perda de R$ 28.735 é dolorosa para qualquer um que batalha todos os dias para ganhar dinheiro, não é mesmo? Percebeu como o aluguel do dinheiro pode ser muito mais caro que o aluguel de um imóvel? Ficou claro que jogar dinheiro fora no Brasil é sinônimo de tomar empréstimo no banco? Então pense bem antes de optar pelo aluguel mais caro, que é aluguel do dinheiro.

7 – Um só carro por casal

Em 2012, vendi meu carro e desde então tenho me locomovido em São Paulo por meio de todos os outros meios possíveis. Meu principal meio de transporte é uma bicicleta. É com ela que venho trabalhar praticamente todos os dias.

Mas também ando muito de táxi, uso o Uber quando posso esperar o motorista chegar, faço pequenas distâncias a pé, aproveito que há uma estação a 200 metros de casa para eventualmente pegar metrô e não vejo problema nenhum se eventualmente tomar um ônibus.

Não tenho dúvidas que a opção pela bike é a melhor para minha vida, dado que fico bastante irritado quando pego trânsito, faço todo o percurso de 3 km de casa ao trabalho em ciclovia, tenho onde guardar a bicicleta no prédio do InfoMoney, também há um vestiário no subsolo se eventualmente quiser tomar uma ducha antes de subir para trabalhar e minha mulher tem um carro que posso emprestar quando eventualmente precisar.

João - bike

De quebra ainda melhoro minha saúde e economizo um tempão – o que já justificaria a opção pela bike mesmo que não houvesse um benefício financeiro. Só que a verdade é que há um enorme benefício financeiro, que detalho a seguir.

Um carro de R$ 50.000 como o de minha mulher gera um custo de R$ 2.217 por mês de acordo com uma planilha que desenvolvi e que coloca na conta do veículo tudo aquilo que deveria ser colocado.

Esse valor corresponde a gastos mensais com combustível (R$ 300), multas (R$ 20), manutenção (R$ 150), pedágio (R$ 30), estacionamento no trabalho (R$ 200), aluguel de uma segunda vaga de garagem onde moro (R$ 200), seguro (R$ 125), IPVA + DPVAT + licenciamento (R$ 181,67), custo de oportunidade por não investir o dinheiro pago pelo carro (R$ 554) e depreciação do automóvel (R$ 416,67). Conclusão: esse carro de R$ 50.000 que traz gastos de R$ 2.217 ao mês teria me custado R$ 13.302 no primeiro semestre.

Agora quando optei por não ter carro, assumi outros gastos. Não tenho muita paciência com planilhas e não anotei todos os gastos que tive com transporte no semestre. Então vou estimá-los aqui e, sempre que estiver em dúvida, vou exagerar nos valores de forma que minha conta não fique questionável.

Vou considerar que gastei todos os meses R$ 100 com reparos de minha bicicleta, R$ 150 com combustível para o carro de minha mulher, R$ 150 com pedágios e estacionamento do carro de minha mulher, R$ 11,50 por mês devido a uma multa que levei, R$ 50 de ônibus e metrô e R$ 300 de táxi ou Uber. Ou seja, no total foram R$ 761,50 por mês.

Vou ignorar a depreciação da bicicleta porque, na verdade, ela se valorizou ao longo do tempo em linha com os investimentos de renda fixa mais populares do Brasil. Paguei por essa bike R$ 2.000 no final de 2011, quando o dólar custava R$ 1,60 e o imposto de importação era bem menor. Outro dia vi uma bicicleta similar à minha sendo vendida por R$ 6.000 na Decathlon. Então acredito que ela valha cerca de R$ 3.000 hoje, uma valorização de 50% em 4 anos e meio.

Somando todos os meus gastos com transporte, portanto, chegamos a R$ 4.569 nos seis primeiros meses deste ano. Ao trocar o carro por outros meios de transporte, portanto, economizei R$ 8.733 no semestre (R$ 13.302 – R$ 4.569).

Muita gente acha que não pode fazer isso. Eu mesmo achei que teria de mudar meu estilo de vida quando comecei a buscar minha filha na escolinha. Só que depois vi que bastava eu colocar uma cadeirinha na bicicleta. Hoje vou buscá-la de bike quando o tempo está agradável – e não de táxi.

Minha mulher também achava que era impossível abrir mão do carro. Ela sempre teve certo medo de pedalar em São Paulo – milhões de pessoas também têm. Até que ficou pronta uma nova ciclovia que passa na frente do escritório onde ela trabalha.

Ela comprou uma bicicleta e começou a ir ao trabalho pedalando, se livrando do trânsito infernal da avenida Faria Lima. Hoje muitas vezes vamos juntos de bike – e nosso carro fica parado em casa. Tenho certeza que milhões de pessoas também poderiam adotar esse hábito, ainda que elas mesmas achem que não.

8 – Zere o gasto com a academia

A compra da bicicleta também permitiu que eu me livrasse de outro gasto dispensável: a academia. Na última vez em que frequentei uma, era uma unidade da rede BioRitmo. O preço dessa academia gira em torno de R$ 200 – o custo varia de acordo com a unidade. Ao não estar matriculado, economizei R$ 1.200 em seis meses, portanto.

E novamente eu não abri mão de fazer esporte, algo que eu gosto muito. Só mudei a forma como faço. Quando quero pedalar, geralmente vou até a Cidade Universitária, talvez o melhor lugar para pedalar em São Paulo e que fica a uns 2,5 km de casa. Como diz um amigo, pedalar nas subidas da USP é sofrer no paraíso.

Quando quero correr, vou aos parques Villa-Lobos, do Povo ou Ibirapuera, todos num raio de 5 km de casa. Se está chovendo, uso a esteira do prédio.

E se quero nadar, uso a piscina do prédio onde moro se está calor ou a piscina do Sesc Pinheiros se está frio. As duas não custam nada para mim. Se você gosta de esportes aeróbios como eu, também pode fazer esporte de graça em espaços públicos ou gratuitos, concorda?

Soma total

Sei que depois de ser bombardeado por tantos números, provavelmente você já perdeu a conta das minhas economias. Então gostaria de recapitular o que já foi visto até agora. A tabela abaixo mostra a soma de tudo que economizei usando meu conhecimento de planejamento financeiro:

João - conta 

É muito bom deixar de gastar quase R$ 56.000, não é mesmo? É um dinheiro que pode melhorar minha vida agora ou ajudar a garantir meu futuro. Você pode estar pensando que nada disso serve para você porque suas necessidades são outras. Mas a verdade é que, a não ser que você não compre nada nunca, todo mundo tem oportunidades de economizar passando diante de seus olhos. Basta ter inteligência financeira.

Você também pode estar achando minha conta forçada porque não gostou de algum detalhe incluído. Mas a verdade é que esse é um cálculo simplificado e que a conta real é ainda maior. Se eu tivesse tido a disciplina de anotar tudo que em algum momento economizei no semestre, talvez chegássemos a um valor ainda mais surpreendente.

Mesmo assim, estamos falando de uma economia de quase R$ 56.000 em um semestre. Em um ano, portanto, seriam mais de R$ 100.000 em gastos a menos, sem abrir mão de nada que era importante para mim!

Isso remete ao começo desse texto, quando disse que, tomando as decisões corretas quando o assunto é dinheiro, você poderia ter muito mais dinheiro no bolso AGORA para realizar seus sonhos muito mais rápido.

Algumas decisões financeiras são simples de tomar: por exemplo, milhões de brasileiros já aproveitam os programas de milhagem para viajar de graça.

Outras decisões exigem um conhecimento médio a alto: Como acelerar o acúmulo de milhas? Quando vale a pena alugar e quando é hora de comprar um imóvel? E casa na praia, é melhor comprar ou alugar? Como economizar na compra da casa própria?

Como economizar com conta corrente e cartão de crédito? Quais são os empréstimos mais baratos e os mais caros do mercado? Entro em um consórcio ou faço um financiamento? Que seguros devo contratar?

Ou então como economizar com viagens internacionais? Quando comprar dólar? Como economizar com passagens aéreas, hospedagem e locação de carros?

Oportunidade

Talvez você esteja se perguntando: o que eu preciso fazer para me tornar um expert em planejamento financeiro e começar a aproveitar todas as oportunidades que passarem na minha frente?

Para ajudar os brasileiros a tomar a decisão correta sempre que tiverem de gastar, criei o curso 50 Sacadas para Economizar Dinheiro. Nesse curso, ensino em detalhes as estratégias que usei para poupar quase R$ 56.000 no primeiro semestre e também respondo questões como as apresentadas logo acima.

Ainda ensino a economizar com:

– carro;

– outros meios de transporte;

– TV por assinatura;

– livros;

– música;

– telefonia;

– energia;

– curso de graduação ou pós;

– lazer;

– saúde;

– supermercado;

– compras em geral;

– etc.

O que produzi é um guia completo com 50 vídeo-aulas com 10 horas de duração total e que cobrem mais 95% das oportunidades que aparecerão em algum momento para você economizar dinheiro e que, se bem aproveitadas, vão colocá-lo no caminho do enriquecimento.

Essas vídeo-aulas poderão ser assistidas por um período de 12 meses em qualquer dispositivo com acesso à internet – ou seja, você pode ver aonde estiver, na hora em que quiser.

Os compradores do curso têm acesso a uma comunidade restrita e exclusiva no Facebook onde eu e todos os alunos podemos trocar dicas sobre planejamento financeiro.

Outro bônus é o acesso a quatro planilhas financeiras que poderão ser baixadas por você: 1) planilha que mostra se vale a pena comprar um imóvel; 2) planilha que revela quanto custa um carro por mês; 3) planilha que aponta qual é a forma mais barata de comprar dólar para viajar; e 4) planilha de planejamento financeiro.

E o melhor: você lembra que disse que economizei quase R$ 56.000 no semestre usando apenas o planejamento financeiro?

Pois bem, esse curso custa menos de 1% disso: sai por apenas 12 x R$ 35.

Isso mesmo: 12 x R$ 35

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Se você colocar o conteúdo de apenas uma ou duas vídeo-aulas em prática, já estará economizando o suficiente para compensar a despesa com o curso.

Então mesmo que muitas das estratégias que usei para mim mesmo não sirvam para você, mesmo que você tenha um padrão de consumo bem mais baixo ou bem mais alto que o meu e mesmo que já tenha estudado bastante sobre planejamento financeiro, ainda assim esse curso vai lhe ajudar a gastar muito menos.

E caso você comece a assistir o curso e perceba que ele não indicado a você, terá 7 dias para pedir todo seu dinheiro de volta.

Se não gostou da forma como o conteúdo é transmitido ou se sentir que não atendi suas expectativas, basta enviar um e-mail para cursos@infomoney.com.br e solicitar o reembolso. Simples assim, sem explicações nem burocracia.

Confio muito que você vai querer ver até o final porque ter acesso ao conhecimento que acumulei em quase duas décadas como jornalista de finanças, planejador financeiro e consultor de investimentos vale muito dinheiro.

Veja o que dizem dois alunos que já fizeram o curso:

Só essa aula sobre consórcio já valeu o investimento do curso. Eu era um crente nas “vantagens” do consórcio, mas nada supera a mudança de hábitos e o cultivo à poupança (não a aplicação financeira poupança, mas sim ao hábito de poupar). – enakajima001

Estou gostando muito do curso, e acredito que auxiliará na minha reeducação financeira. – glauco.miranda

Então não perca tempo. Lembre-se: se você não fizer nada agora, não vai conseguir usar o planejamento financeiro para reduzir drasticamente suas despesas nem terá mais dinheiro no bolso.

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