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A hora de se posicionar para o primeiro round do rali do urânio é agora

O mundo precisa de energia limpa e renovável, barata, segura e confiável. Energia nuclear é a solução que provê exatamente isso
Por  Marcelo López
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Nos próximos dias, uma recomendação do Departamento de Comércio (DOC) americano é esperada com relação a uma investigação iniciada no setor de fornecimento de urânio, motivada por uma petição protocolada sob os termos da Section 232, que permite que importações sejam sujeitas a restrições se consideradas uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Os leitores deste blog sabem que esse é o maior entrave para o setor de mineração de urânio na atualidade e que uma recomendação é o primeiro passo para que ele volte à sua dinâmica normal.

Após a recomendação do Departamento de Comércio, o presidente Trump tem até 90 dias para tomar uma decisão final, embora ele tenha tomado decisões dessa natureza mais celeremente, a exemplo do caso do alumínio, para o qual levou apenas 11 dias.

Muito se especula sobre qual será o parecer do DOC e qual será a decisão do chefe do executivo, mas acredito que tentar adivinhar isso é um exercício fútil e uma grande perda de tempo.

Na minha opinião, o importante é que uma decisão seja tomada, independente de qual seja. Meu ponto é que não existe decisão ruim. Qualquer que seja, ela abrirá caminho para as geradoras de energia (utilities) voltarem a contratar, o que é fundamental para o setor. O preço do metal está caindo esse ano, mas as ações não. Na verdade, algumas delas estão até subindo, por sinal.

Já estamos vendo uma recuperação no preço dos ativos esse mês, com altas substanciais para alguns nomes. Acredito que seja apenas o começo e espero ganhos muito bons esse ano. Quando o mercado se der conta de que não haverá urânio barato e abundante para as utilities a partir de 2022, quando a maior parte dos contratos de longo-prazo vencem e têm que ser renovados, uma resposta abrupta nos preços pode ser a resposta.

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Reatores nucleares estão em voga novamente e o crescimento é nítido. Alguns personagens importantes estão se tornando a favor da energia nuclear, defendendo-a e a mudança de sentimento é notável. No próprio Japão, país assolado por um acidente nuclear (que, diga-se de passagem, não causou nenhum óbito), há uma corrente favorável à energia atômica. Lá foram religados 9 reatores, 2 estão sendo construídos e outros 17 pedidos de reativação já foram submetidos às autoridades locais.

Por que gosto tanto da tese de investimento em urânio? Além de reunir características associadas à dinâmica de oferta e demanda extremamente convincentes, a correlação com o mercado é baixíssima, fazendo desse um nicho muito atraente do ponto de vista da mitigação de risco.

Enquanto a maioria se preocupa com problemas envolvendo desaceleração das economias americana, chinesa e global, esse case é baseado numa inevitável mudança da composição da matriz energética mundial. Mesmo que haja uma reversão nos mercados – e riscos não faltam por aí-, os aspectos bottom-up são fortes o suficiente para sustentar a tese.

O mundo precisa de energia limpa e renovável, barata, segura e confiável. Energia nuclear é a solução que provê exatamente isso. Ao mesmo tempo em que promovemos uma fonte de energia com amplos benefícios, estamos projetando lucros excepcionais à frente para nossos investidores. A hora de se posicionar para o primeiro round é agora.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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