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O ativo que não foi afetado pelo pânico em Wall Street e é uma grande oportunidade de compra

Qual foi o real motivo do selloff nos mercados essa semana? Na minha opinião, a alta nas taxas de juros vai furar a bolha criada pelo FED para evitar que sofrêssemos as consequências da última bolha, também criada pelo FED
Por  Marcelo López
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A queda acentuada nos mercados globais que ocorreu essa semana assustou muita gente. Várias desculpas vêm sendo apresentadas para justifica-la, como a guerra comercial, falas do presidente Trump ou de Jeremy Powell, etc.

A grande verdade, como já mencionei antes no Twitter e em diversos artigos, me parece mais sensata: a alta nas taxas de juros que vai furar a bolha criada pelo FED para evitar que sofrêssemos as consequências da última bolha, também criada pelo FED (e por aí vai).

Estive na quinta-feira em um deles, no FED de Cleveland (sim, são 12 ao total), e me espantei a clareza com a qual a funcionária respondeu minha pergunta sobre quem comandava o FED. Não é o governo dos EUA, o FED é um banco privado, foi a resposta que ela me deu. Foi a primeira vez que alguém de dentro do FED fala isso tão abertamente para mim.

Mas eu divago.

Voltando ao assunto das quedas dos mercados, gostaria de revisitar um tema sobre o qual venho falando há cerca de dois anos: a bolha criada pelo FED está atingindo níveis preocupantes. No ano passado, vimos o despertar de uma nova modalidade de investimentos, as criptomoedas, que tiveram retornos espetaculares. Igualmente espetacular foi a queda das mesmas.

E não foram somente as criptomoedas que atingiram níveis estratosféricos, mas também obras de arte, imóveis, ações, títulos de dívida – enfim, toda classe de ativos.

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Em janeiro desse ano, já alertei sobre a possível crise nos mercados e a importância de se investir cautelosamente. Na época, com as bolsas subindo vertiginosamente, houve pouca repercussão. Mas é justamente na hora em que os mercados estão mais eufóricos que devemos ser cautelosos.

Na ocasião, sugeri o ouro como um ativo que poderia prover proteção aos portfólios, com baixo downside. O ouro é dinheiro há 5 mil anos e sempre funcionou bem em épocas de crise. Além disso, ele “retorna” o dinheiro investido no longo-prazo, corrigido pela inflação. No caso brasileiro, ainda há a vantagem dele ser cotado em dólar e dar exposição à moeda norte-americana.

Também falei muito sobre o urânio e o potencial bull market que se desenhava no horizonte. Pois é exatamente sobre isso que gostaria de falar hoje. O urânio já está oficialmente em bull market, já que registra alta superior a 20% desde as mínimas, após vários anos sendo deixado de lado, e esse bull parece não parar.

Durante o selloff dessa semana, o urânio passou incólume pela turbulência.

Acredito que essa seja a oportunidade da década para se adquirir ações de empresas mineradoras ou exploradoras do metal a preços de liquidação. É um ativo que está pouco correlacionado com o mercado em geral e pode ser uma excelente diversificação, além do ganho potencial que eu acho estar nas alturas.

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O mercado de energia é bastante estável e a necessidade do urânio é pouco afetada pela situação dos mercados globais. Ao contrário de várias outras formas de geração energética, não é fácil fechar um reator. Assim, as empresas de geração tendem a manter os reatores funcionando por várias décadas. Lembrando que o urânio produz energia limpa e uma das mais seguras e baratas do mundo.

Mais ainda, o custo do material (urânio) para um reator é irrisório, não chega a 4% dos custos operacionais. Assim, uma alta significativa do urânio (meu cenário base), não afetaria tanto o retorno das geradoras de energia nuclear.

O preço do metal, embora esteja subindo mais de 30% desde as mínimas esse ano, encontra-se ainda bem abaixo de um patamar saudável, em que as empresas produtoras possam ter lucro. Como a maior parte dos contratos de longo-prazo vence em até dois anos, a oportunidade que se abre é, na minha opinião, a que apresenta a melhor relação entre risco e retorno nos mercados internacionais.

Visitei pessoalmente várias empresas mineradoras e exploradoras de urânio na Austrália, Canadá e EUA e estou bastante animado com o potencial do setor. Aliás, uma das coisas mais interessantes é ver que os valuations dessas empresas está refletindo um péssimo cenário para o metal, totalmente desconectado com a realidade – e é nessas horas que gostamos de investir.

Nosso fundo internacional começou a operar essa semana e já apresenta uma alta substancial. Acredito que isso seja somente o início de um incrível bull market no setor de urânio que ainda levará muitos anos para alcançar seu potencial.

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Vários gestores ainda estão comprando ações de empresas precificadas para a perfeição (e sabemos bem que ela nunca acontece) e aplicando a mentalidade que funcionou bem nos últimos anos, o famoso buy the dip (compre as quedas). Gostaria de reforçar que essa estratégia é bastante perigosa, especialmente agora, que já estamos no décimo ano da dita recuperação econômica, com os riscos pesando e potenciais perigos adiante.

Os algoritmos, que tomaram conta dos mercados na última década, não passaram por nenhum bear market (queda acentuada nos preços) e não sabemos como vão reagir quando isso acontecer.

Há uma geração de gestores de fundos que nunca viu um crash e está acostumado a ver cada queda como uma oportunidade de compra. Estamos mais perto do fim desse bull market do que do início e é importante, mais do que nunca, primar pela cautela.

Agora não é hora de se tomar risco, tentar ganhar aquele último centavo. Paciência e cautela são duas recomendações importantes nesse momento. A relação risco/retorno para os mercados em geral simplesmente não seduz nesses níveis. O mesmo não posso dizer do urânio, que parece estar “renascendo” e cujo retorno promete.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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