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Incerteza sobre investir no Brasil ultrapassa a questão eleitoral

Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, País precisa de uma agenda que combata a insegurança jurídica e resolva a questão fiscal
Por  Um Brasil
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Embora o período eleitoral brasileiro tenha se caracterizado por uma forte onda de incerteza, não é o único responsável por dificultar os investimentos nacionais. De acordo com a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, a insegurança jurídica predomina no Brasil. Com isso, os investidores se mantêm à espera de uma agenda que corrija esse problema mesmo quando as eleições estiverem concluídas.

“Investidores estão aguardando qual vai ser a agenda do Brasil. Temos, hoje, um país com uma insegurança jurídica enorme, você não sabe como o Judiciário vai arbitrar em decisões que impactam a economia”, afirma a doutora em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) em entrevista ao UM BRASIL, realizada em parceria com a Expert XP 2018. “Toda essa insegurança jurídica dificulta a tomada de decisão sobre investimento de longo prazo”, completa.

A economista diz que o Brasil é “um país em construção”, condição que, em tese, deveria atrair investimentos. Mas, para que isso aconteça, é necessário ajustar o ambiente econômico e reduzir as incertezas.

“Temos uma demanda enorme por infraestrutura e uma oferta pequena por causa de uma complexidade nossa, incluindo toda a insegurança jurídica”, avalia.

Para Zeina, a economia brasileira está em uma condição “grave” e sem muitas opções, uma vez que a sociedade não aceita financiar o déficit público, que ocorre quando o Estado gasta mais do que arrecada, por meio de inflação ou aumento da carga tributária. Desse modo, além de ter de cortar gastos para equilibrar as contas públicas, o governo, sem recursos, precisa do setor privado para dar prosseguimento ao desenvolvimento nacional.

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“O dinheiro acabou. Então, precisa atrair o setor privado para investir. Para isso, precisa ter segurança, não pode ter esse quadro de incertezas enormes”, reitera.

Na visão da economista, a sociedade, hoje, está mais madura para discutir a agenda de reformas, o que inclui a questão fiscal, a estabilidade da dívida pública como proporção do produto interno bruto (PIB) e a necessidade de aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro. Nesse sentido, ela ressalta que esses assuntos devem ser discutidos também pela população, e não apenas pelos políticos.

“O que temos pela frente é um teste de maturidade para todos nós, sobre que país a gente vai ter. Tem um lado dessa história de que o dinheiro acabou. Se formos olhar, o Brasil só fez grandes reformas em situações de aperto. A julgar pelo passado, acho que há chances de termos boas reformas pela frente, até porque não temos muitas opções”, comenta Zeina.

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