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Negócio a qualquer custo não vale mais a pena

Presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Tânia Cosentino, defende que empresas se responsabilizem por seus impactos ambiental e social
Por  Um Brasil
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A maior oportunidade de negócios deste século é a transição para uma economia de baixo carbono, de acordo com a presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Tânia Cosentino.

Em entrevista ao UM BRASIL, a engenheira defende que as empresas se preocupem não apenas com seus resultados financeiros, mas também com seus impactos social e ambiental.

“Muitas empresas – e acho que por muito tempo – pensavam que seu papel era gerar lucro. Muitas vezes isso as levou a gerar lucro a qualquer custo”, afirma Tânia. “Acho que, hoje, o Brasil está pagando um preço muito caro, porque as empresas que trilharam esse caminho se desviaram da ética e da transparência, ou empresas que não se preocuparam com seu impacto ambiental e causaram grandes desastres para o meio ambiente e para a sociedade pagaram um preço de imagem ou estão pagando multas ou sendo expostas a situações que abalam a sua situação no mercado”, completa.

Segundo Tânia, o conceito de sustentabilidade nas empresas mudou, de modo a fazer parte de uma visão de negócio que gera lucro, imagem e atração de colaboradores. Inicialmente, entendia-se que se tratava de uma ação de assistencialismo.

“Isso tem evoluído ao longo dos anos e chegamos hoje ao valor compartilhado, que é quando a empresa insere em seu negócio a contribuição. Se for só na parte do assistencialismo, na primeira crise econômica e no corte de budget, é esse dinheiro que acaba cortado”, comenta.

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Para ela, as exigências da atualidade mostram que “negócio a qualquer custo não vale mais a pena”, no sentido de que a busca pelo lucro e a geração de valor aos investidores devem andar ao lado da responsabilidade da empresa sobre seus impactos no meio ambiente e na sociedade.

De acordo com Tânia, ações de desenvolvimento econômico sustentável ainda engatinham no Brasil. “A partir do momento que o Brasil entender que o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixa carbono não são apenas uma agenda do Ministério do Meio Ambiente, acho que começamos a dar um grande passo nesse sentido”, afirma.

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