Legaltech: o ramo de startups que cresceu 713% em um ano
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O ecossistema de startup no Estados Unidos já está mais do que desenvolvido e muita das startups e segmentos já estão em estágios mais maduros e as taxas de crescimento não são mais tão agressivas, mas o ramo de legaltech está passando por um boom!
Enquanto foram investidos US$224 milhões em 2016 e US$233 milhões em 2017, em 2018 foram investidos mais de US$1.6 bilhões, um aumento de mais de 700%.
O mercado ainda é pequeno se comparado com fintechs, que em 2018 levantaram quase US$12 bilhões, mas ao mesmo tempo que isso indica que o mercado ainda está se desenvolvendo ele também mostra que existe um grande upside ainda no ramo.
Inteligencia Artificial como combustível das Legaltechs
Se considerarmos apenas as legaltechs com soluções em inteligência artificial, elas receberam 50% mais investimentos em 2018 que todas as legaltechs juntas em 2017. A evolução de machine learning podem automatizar muitas das tarefas que antes eram manualmente feitas por advogados além de dar insights chave sobre casos e acompanhar processos.
As startups no mercado legal estão economizando milhares de horas de firmas de advocacia e, como todos sabemos, as horas do advogados não são nada baratas. Mas quando se consegue automatizar contratos, leitura de atualizações de casos e análise de documentos vemos grandes quantias sendo economizadas. E isso explica todo novo entusiasmo pelas legaltechs.
No Brasil não é diferente
Com mais de 80 milhões de processos abertos no Brasil e quase 30.000 novos advogados registrados na OAB por ano o Brasil é um dos mercados mais atrativos para legaltechs.
Novas startups com inteligência artificial e bots crawlers estão navegando e mapeando esse oceano de processos em dezenas de tribunais diferentes para tornar nosso sistema mais eficiente.
Uma dessas soluções é a EasyJur, que em apenas 3 anos já conta com mais de 40 mil advogados registrados e está a caminho de faturar 1 milhão de reais em 2019.
Vale ressaltar que o que inspirou o founder a iniciar a empresa foi justamente o fato do sistema judiciário brasileiro ainda ser muito desorganizado. Vinicius, CEO da EasyJur, diz que a faísca para ele desenvolver a solução foi quando “sua mãe teve o oficial de justiça bater na porta da casa dela para despejá-la porque o advogado perdeu o prazo”.
Preparando para o Sucesso
A startup foi acelerada pela Darwin startups em 2018, ao entrar no processo, recebeu aporte de capital de um fundo em que empresas como a Neoway e a B3 – bolsa de valores – possuem cota. Enquanto a EasyJur desbrava o ramo de legaltechs no Brasil, um grupo de brasileiros com experiência no mercado de startups americano viu a oportunidade.
Ynovus e EasyJur
Enquanto a EasyJur se prepara para levantar seu round de investimento a Ynovus Partners foi a primeira a entrar de cabeça no projeto e acreditando no potencial da startup.
Embora a EasyJur já tenha atingido o breakeven, ela espera, com investimento, acelerar seu crescimento e se tornar a maior player no mercado nacional. A startup já é a solução oficial em seccionais estaduais da OAB e organiza workshops próprios.
Com tantos parceiros, um time dedicado, o timing ideal e uma solução completa o CEO da EasyJur garante estar pronto para liderar o mercado no Brasil e afirma que “esse (legaltech) ainda é um mercado muito novo e quem se posicionar melhor agora será o grande player do futuro”.
O potencial das legaltechs ainda é desconhecido. Com a lei em Códigos, quem sabe quão longe os algoritmos atuais podem. Quem sabe prever resultados de julgamentos ou até aconselhar juízes sobre quais temas deve considerar. Mas isso é tudo especulação, a única realidade que sabemos é que o interesse é enorme e o potencial, incrível.
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