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Por que a turminha de Gregório Duvivier ainda apoia Lula?

Como um político condenado criminalmente, corresponsável pela maior crise econômica do Brasil, fundador do Foro de São Paulo, populista, admirador de criminosos como Sérgio Cabral e apoiador das ditaduras cubana e venezuelana consegue ainda apoio de parte da classe artística? Como isso é possível? É ingenuidade acreditar que essa lealdade canina é explicada somente por umas cifras geradas pela lei Rouanet durante os governos petistas. O principal motivo para o apoio a Lula é ideológico.
Por  Alan Ghani
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Na última terça-feira houve uma manifestação, no Leblon, em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva. O evento contou com a participação de alguns artistas, como Gregório Duvivier, Beth Carvalho, entre outros.

Como um político condenado criminalmente, corresponsável pela maior crise econômica do Brasil, fundador do Foro de São Paulo, populista, admirador de criminosos como Sérgio Cabral (aqui) e apoiador das ditaduras cubana e venezuelana (aqui e aqui) consegue ainda apoio de parte da classe artística? Como isso é possível?

É ingenuidade acreditar que essa lealdade canina é explicada somente por umas cifras geradas pela lei Rouanet durante os governos petistas. Não faz sentido. Primeiro, porque o PT não está mais no poder. Segundo, falamos de artistas muito ricos, e um dinheiro a mais não faria muito diferença para tamanha devoção. Terceiro, o apoio ao PT é antigo, antes mesmo da Lei Rouanet (aqui). Portanto, o principal motivo para o apoio a Lula é ideológico.

O apoio de intelectuais e artistas ao PT se deve principalmente a uma razão: o PT defende e apoia ideais socialistas (aqui). Melhor: o PT é socialista (leia artigo “Afinal, o PT é um partido comunista?”). Se ainda tem dúvida, basta ver o apoio financeiro do PT às ditaduras comunistas cubana e venezuelana (aqui). Se isso não é socialismo, é o que então?

É evidente que alguns vão dizer que é impossível o PT ser socialista, uma vez que teve apoio do grande capital. Como se apoio do grande capital e socialismo fossem mutuamente excludentes. Para entender a simbiose entre ambos, leia “Por que George Soros financia movimentos de esquerda? Entenda“.

Se esses artistas apoiam o PT, porque o partido é socialista; a pergunta que fica é: por que eles flertam com uma ideologia que matou 20 vezes mais que o Nazismo (6 milhões contra 120 milhões)?

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É evidente que qualquer nova tentativa da velha teoria marxista colocada em prática vem com uma nova embalagem adaptada aos tempos atuais. Mas não se enganem, objetivo é o mesmo: o poder absoluto do Estado sobre o indivíduo em nome da construção do paraíso terrestre. E, se você denunciar a essência marxista controladora de qualquer movimento ideológico moderno, tua vacina  também já está dada:  “maluco”, o “comunismo não existe mais”, “teórico da conspiração”, e por aí vai.

Infelizmente, ao contrário do Nazismo, para parte da população, o socialismo é ainda entendido como algo bom em teoria, mas que falhou como experiência real. Seus defensores acreditam ainda que pode dar certo, caso seja bem aplicado. É o famoso “deturparam Marx” ou “aquilo não foi socialismo” (veja aqui ótimo podcast do escritor Flávio Morgenstern sobre o tema). Com a desculpa de “deturparam Marx”, os amantes do socialismo têm a licença eterna para realizar experimentos sociais. Se as experiências venezuelana, cubana, russa, chinesa, coreana (norte) e do leste europeu não foram socialismo, então foram o quê? Dizer que deturparam Marx é tão ilógico quanto negar o nazismo na Alemanha. Algum esquerdista em sã consciência teria coragem de afirmar uma barbaridade dessa?

Mas por que o Nazismo é corretamente execrado por quase toda a humanidade, enquanto o socialismo não? Pelo contrário, um regime que matou 100 milhões de pessoas é glamourizado. Por que se mata, rouba e corrompe em nome desta ideologia e as pessoas continuam a defendê-la? Minha hipótese é que as pessoas se apegam muito mais a intenções e sonhos do que a análise dos resultados concretos (corrupção, miséria e mortes).

O principal trunfo dos comunistas é vender o socialismo (e suas vertentes) como a possibilidade da construção do paraíso terrestre: um mundo justo, sem sofrimento, no qual todos são iguais e felizes. O socialismo é vendido como uma ideologia bem-intencionada, um “projeto do bem”. Basta ver as declarações emocionadas de formadores de opinião da grande mídia quando Fidel morreu – um genocida responsável por miséria, tortura e 200 mil mortes na ilha cubana. Não importa. Para essa turma, as atrocidades cometidas em Cuba são justificadas e perdoadas pelas “boas intenções” revolucionárias do ditador cubano. Já imaginou alguém chorando pela morte de Hitler?  

Mas não adianta dizer que as experiências reais socialistas só produziram miséria, corrupção e mortes. Não adianta dizer que em teoria o socialismo prega o roubo ao defender a expropriação de uma classe por outra (veja vídeo de Ben Shapiro, aqui). Não adianta, uma vez que a lógica racional não toca essas pessoas. E, por quê?

O livro esquerda caviar de Rodrigo Constantino traz ótimas explicações para entender o comportamento da “esquerda caviar”, dos socialistas do Leblon. Entre elas, creio que a combinação de narcisismo com ignorância explica em boa parte o apoio às ideologias e aos líderes socialistas. Como o socialismo é vendido como uma “ideologia do bem”, muitos artistas defendem essa porcaria para afetar bom mocismo e superioridade moral, dizendo que lutam por uma sociedade mais justa. Afinal, todo mundo quer ser visto como bondoso, ainda mais na era do hipernarcisismo virtual. Além disso, em alguns meios, pega bem defender o socialismo e todo o marxismo cultural atrelado a ele (ideologia de gênero, aborto, vitimização de bandidos, etc.). Nas universidades e na mídia, defender ideologias marxistas, repetindo seus clichês, é o passaporte automático para ser visto como “do bem”, “inteligente”, “cool”, “moderninho”.

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É claro que há pessoas no meio que não agem apenas por narcisismo, mas realmente acreditam no tóxico ideológico – seja por desconhecerem o pensamento conservador ou as correntes liberais; ou por serem incapazes de confrontarem a teoria com a realidade. Vivem no mundo da fantasia, de sonhos adolescentes, do ideal, do sentimentalismo tóxico; e não no mundo real, do possível, do concreto, enfim, o mundo adulto.

Resta saber, depois de Lula, qual será o próximo ídolo da turminha do “é golpe”: Não sei exatamente. Mas uma coisa é certa: flertará com ideias socialistas de maneira bem moderninha. Façam suas apostas.

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Alan Ghani É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.

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