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Economista de Meirelles X economista de Haddad: o “bola cheia” e o “bola murcha” do painel da Expert

Um dos pontos altos da Expert XP 2018 foi o debate entre os economistas dos principais candidatos à presidência da república. Participaram do evento os economistas Persio Arida (PSDB, Alckmin), Guilherme Mello (Fernando Haddad, PT), José Márcio Carmargo (Henrique Meirelles, MDB), Nelson Marconi  (PDT, Ciro Gomes), Bazileu Margarido (Rede, Marina). O economista Paulo Guedes (PSL, Jair Bolsonaro) não compareceu, alegando problemas pessoais. O artigo traz  uma análise do desempenho de cada um deles.
Por  Alan Ghani
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Um dos pontos altos da Expert XP 2018 foi o debate entre os economistas dos principais candidatos à presidência da república. Participaram do evento os economistas Persio Arida (PSDB, Alckmin), Guilherme Mello (Fernando Haddad, PT), José Márcio Carmargo (Henrique Meirelles, MDB), Nelson Marconi  (PDT, Ciro Gomes), Bazileu Margarido (Rede, Marina). O economista Paulo Guedes (PSL, Jair Bolsonaro) não compareceu, alegando problemas pessoais. Abaixo, trago uma análise do desempenho de cada um deles.

José Márcio Camargo (Henrique Meirelles, MDB): Nota 9,5

Foi um show à parte. Conquistou a plateia, arrancando palmas e risos com seus argumentos e pitadas de ironia e bom humor. Chegou tímido, mas logo ao ser provocado por Guilherme Mello (PT) com a frase, “não podemos esquecer a grave recessão do governo Temer”, partiu para cima. Com dados, mostrou que a gestão Meirelles conseguiu tirar o Brasil da maior crise econômica da história do país. Argumentou que, após o desastre do governo Dilma (queda de quase 10% da renda), o Brasil voltou a crescer, a inflação convergiu para o centro da meta, os juros diminuíram e o desemprego caiu. Ironizou dizendo que, apesar de todos esses avanços em relação ao governo Dilma, é “a grave crise econômica do governo Temer”. Além disso, defendeu a importância da reforma trabalhista e da previdência, de maneira coerente e racional.

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Pérsio Arida (Geraldo Alckmin, PSDB): nota 8,5

Foi bem também. Basicamente defendeu as mesmas propostas e reformas do economista do Meirelles, José Márcio Camargo. Aliás, ambos estavam em sintonia e, ao final, dominaram o debate. O economista também provocou Paulo Guedes, dizendo que “ele sempre foge do debate; mas que desta vez era compreensível, por levar corretamente um puxão de orelha de Jair Bolsonaro, pela besteira que falou em relação à CPMF”. Pérsio Arida chegou como favorito; não foi o craque em campo, mas jogou muito bem.

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Nelson Marconi  (Ciro Gomes, PDT): Nota 6,5

O economista de Ciro Gomes, diante de uma plateia não simpatizante ao candidato do PDT, conseguiu passar ileso. Fez um discurso apontando para a necessidade das reformas e, ao mesmo tempo, colocou seu viés de esquerda e estatista, criticando alguns pontos do ajuste fiscal e da reforma da previdência. Obviamente que não arrancou palmas entusiasmadas da plateia; mas, diante das circunstâncias, até que foi bem e sobreviveu.

Bazileu Margarido (Marina, Rede): Nota 5,0

Apagado, não brilhou. Aliás, bem de acordo com o comportamento atual de Marina Silva. Não marcou posição, apenas concordou com algumas posições de Nelson Marconi. Desempenho mediano.

Guilherme Mello (Fernando Haddad, PT): Nota 3,0

Não foi bem. Ao contrário do assessor econômico de Ciro Gomes, Guilherme Mello cometeu o erro primário de não adequar o tom ao público alvo. Evidentemente que a platéia do evento era pró mercado, portanto, a favor de Alckmin, Meirelles ou Bolsonaro. A maioria ali tinha viés liberal, era a favor da prisão de Lula e das reformas do Temer. Mas o economista do PT ignorou e logo de cara partiu para a provocação dizendo que “estava representando a candidatura do presidente Lula que infelizmente não pode comparecer”. Em seguida, tomou uma vaia monumental. Do lado econômico, reafirmou as políticas keynesianas de Dilma Rousseff que levaram o Brasil ao caos. De modo geral, propôs aumento de gastos públicos para solucionar o problema fiscal (mais despesas para gerar mais crescimento e mais arrecadação), foi contra a reforma da previdência e teve a cara de pau de dizer que os juros do Brasil foram o menor da história no período Dilma, após o banho de realidade dado por José Márcio Camargo. O ponto positivo é que, mesmo sabendo que o público era contra o PT, teve a coragem de aparecer e encarar a plateia de frente. 

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Alan Ghani É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.

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