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Já pensou que as empresas controladas por famílias têm comportamento análogo ao do ser vivo?

Os seres vivos nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Apesar de algumas empresas terem longevidade privilegiada, elas se assemelham às pessoas, principalmente porque são as pessoas que fazem as organizações existirem. Dessa maneira é relevante entender em que estágio do ciclo de vida organizacional.  Com esse conhecimento aprendemos a tratar diferentemente os diferentes. Um bebê precisa de um certo tipo de atenção que difere daquela que é proporcionada a um adulto, por exemplo. Podem consumir diferentes produtos e suas vulnerabilidades não são necessariamente iguais.
Por  Faculdade Fipecafi
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

(*) Por Fábio Frezatti

Os seres vivos nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Apesar de algumas empresas terem longevidade privilegiada, elas se assemelham às pessoas, principalmente porque são as pessoas que fazem as organizações existirem. Dessa maneira é relevante entender em que estágio do ciclo de vida organizacional.  Com esse conhecimento aprendemos a tratar diferentemente os diferentes. Um bebê precisa de um certo tipo de atenção que difere daquela que é proporcionada a um adulto, por exemplo. Podem consumir diferentes produtos e suas vulnerabilidades não são necessariamente iguais.

Os estágios organizacionais são tratados na literatura. Têm semelhança com os estágios vivenciados pelos seres humanos: nascimento, crescimento, maturidade, declínio e rejuvenescimento. Tratamos isso nas nossas pesquisas porque é importante que a organização seja entendida no ciclo em que se encontra e evite fazer comparações indevidas. Cobrar do bebê o mesmo que se cobra do adolescente é complicado.

No nascimento a importância é sobreviver. Normalmente existe uma associação entre tempo de vida e o estágio do nascimento e a característica do pequeno porte está presente. No estágio do crescimento a organização se dedica a comercializar seus produtos e serviços sem grandes preocupações com aumento de eficiência. No estágio da maturidade existem sistemas de informações quando os controles de gastos e planejamento são enfatizados. Isso só acontece quando o fundador sai do dia-a-dia da organização.  Considera-se que estar no estágio da maturidade é algo positivo para a organização em termos de sustentabilidade. No declínio as desavenças internas são tão fortes que sobrepõem o interesse na continuidade da empresa e o abandono de mecanismos é substituído pela predominância do ego dos controladores. Finalmente, no rejuvenescimento a empresa busca novas motivações e estruturas, trazendo de volta os mecanismos de gestão.

Os estágios não são necessariamente precisos, mas indicam características predominantes. Essas características demandam estruturas para compatibilizar a gestão.  A partir delas é possível olhar, entender e agir sobre o seu desenvolvimento. Podemos encontrar empresas que, ao mesmo tempo, apresentam características de vários estágios. Eu diria que é o mais comum.

(*) Fábio Frezatti – Coordenador do Laboratório de Pesquisas em Práticas Gerenciais – FEA USP

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