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O dilema das locadoras de veículos: ou inovam, ou morrem!

O setor automotivo está passando por uma transformação. E as locadoras estão se adaptando a elas....ATÉ DEMAIS!
Por  Raphael Galante
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Ilustríssimo leitor, digníssima leitora… antes de mais nada, o título deste post não é nosso. Como aquele velho ditado: “dai a César, o que é de César”… a gente “chupinhou” lá do pessoal da STARTSE. O link da matéria deles você pode ler aqui.

Mas, se rolou a preguiça de ir até lá e ler a matéria, vou te passar aqui o resumão:

* o mercado de locação está crescendo;

* o desafio dos locadores são os novos meios de transporte (99; UBER) além dos alternativos (bikes)

* Aquelas que entenderem isso vão ser dar bem, e as outras vão naufragar!

* O seja, o negócio vai ficar tenso para elas!

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Aí me perguntaram o que eu acho –  vou passar a minha visão do que as principais locadoras estão fazendo aqui em terras tupiniquins.

Antes da minha explicação, vou fazer uma breve explanação sobre a cidade de “Belzonti”:

Belo Horizonte é a sexta maior cidade do Brasil, com quase 2,5 milhões de habitantes. A cidade de São Paulo, em número de habitantes, é quase 5 vezes maior com os seu 12 milhões de habitantes.

O Pib per capita de “Belzonti” é o 552º maior do país. Curitiba é o 278º, e o de São Paulo o 199º.

Com essa breve explicação sobre o que é “Belzonti”, vamos voltar às locadoras.

Elas (aqui no Brasil) já entenderam (E MUITO) o que precisam fazer. Continuam no ramo de locação; fornecem carros aos novos meios de transporte e viraram revendedores de carros.

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O primeiro tópico é que o conceito de “propriedade” do carro cada vez mais está se diluindo e continuará assim com as novas gerações. O mercado de locação de carros nunca se mostrou tão favorável.

O segundo é sobre os novos meios (aplicativos) de transporte. Quem é aqui de São Paulo (principalmente) quando pega um UBER, Cabify ou 99 em geral – na grande maioria – anda num carro locado pelo motorista. Tá com dúvida, pergunta para o motorista: a maioria já faz isso. Veja aqui;

E, além disso, elas (locadoras) viram que o mercado está mudando (e estão se adaptando). Estão abocanhando um outro mercado que é: A COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULOS.

E aí que entra a nossa “Belzonti”:  nesse semestre tivemos 1,127 milhão de carros vendidos no Brasil e, “Belzonti”, que é a sexta maior cidade do país, possui o 552º maior PIB per capita e é a cidade onde mais se vendeu carros! 13% de todos os carros vendidos se LOCALIZAram (sacou, sacou??) na cidade de Belo Horizonte. A minúscula cidade de São Paulo só vende quase 75% do que é vendido em Belo Horizonte.

E porque isso ocorre? O IPVA das locadoras – em geral – acaba sendo mais barato. Se você é um trouxa como eu, que paga um IPVA de 4%, eles pagam lá só 1%.

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Elas compram carros com excelentes descontos na faixa de uns 15% a 25% e, sabe o que fazem depois de um ano? Vendem tudo para os caboclos que querem carro, e ganham um baita dinheiro! Algumas locadoras (com liminares) vendem os seus carros em seis meses. Elas praticamente estão vendendo um carro novo!!

E boa parte das montadoras estão adorando isso (são como viciadas em crack, cada vez mais, dependem mais delas). No mês de julho, 45% de todos os carros vendidos foram para as PJ, não para o cliente normal como este mero escriba…

Algumas marcas fazem as suas vendas diretas (em geral PJ – como locadoras) com percentuais acima de 50% de tudo que comercializam.

Por exemplo, a Fiat (nada pessoal), no mês passado, teve 64% das vendas direta (PJ, locadoras e afins). Ou, dos mais de 17,4 mil carros que ela vendeu no mês passado; quase 4.800 (27%) foi só para  a pujante cidade de “Belzonti”

 

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E ai, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

Ou me segue no facebook aqui.

 

=)

Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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