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Small cap faz cama, mesa e banho na bolsa e quer ser a principal empresa do setor no exterior

Após ótimo resultado em 2016, empresa espera estar posicionada em seus mercados (Brasil, Argentina e America do Norte) como a principal empresa de cama, mesa e banho
Por  João Paulo Reis
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Dando sequência ao nosso relatório do dia 16 de novembro em que apresentamos a SPRINGS GLOBAL (clique aqui para ver a análise completa), comentaremos os resultados de 2016.

Apesar de 2016 ter sido um ano desafiador, com a economia brasileira retraindo-se 3,6% associada a uma queda acima de 10% em 2 anos na renda per capita, e problemas com a economia da Argentina, a Springs Global conseguiu manter o crescimento da receita, aumentando em 20% o EBITDA, e reduzindo sua relação dívida líquida/EBITDA de 3,6X para 3,3X.

Segundo release de resultados de 2016 , a expectativa da empresa para o ano de 2017 é continuar apresentando crescimento da receita com ganhos de rentabilidade, aumento de vendas da nova linha de produtos de decoração (cortinas, mantas e capas de almofada) e por fim mais conversões de lojas próprias em franqueados e novas lojas.

Assim, a empresa espera que nos anos de 2017 e 2018, estará posicionada em seus mercados (Brasil, Argentina e America do Norte) como a principal empresa de cama mesa e banho.

Analisando o aspecto financeiro, com a queda da Taxa SELIC, que sairá de uma média de 14% em 2016 para aproximadamente 10,5% neste ano (queda de 3,5%), haverá uma redução no custo financeiro da ordem de R$21 milhões/ano, conforme relatado pela empresa.

Assim, a associação de uma maior receita de vendas, com a liberação de capital de giro (mais lojas franqueadas e utilização de produção própria) e uma diminuição das despesas financeiras, gerará mais caixa acelerando o processo de desalavancagem da empresa, concretizando a meta de chegar a uma relação Dívida líquida/Ebitda abaixo de 3X em 2017.

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Além disso, o processo de melhora no perfil da dívida vem sendo contínuo com o alongamento dos prazos médios que passaram de 10% para 40% da dívida com vencimentos superiores a 3 anos.

Comentando especificamente cada área de atuação da empresa, o Varejo, que administra as marcas MMartan e Artex, já atingiu o breakeven (ponto de equilíbrio), permitindo uma expansão no número de lojas,  aumentando, assim, a demanda por produtos de fabricação própria e melhora na administração do capital de giro, onde o risco de gerenciamento é repassado para o franqueado.

A previsão é que até 2020 sejam abertas 137 novas lojas ( Artex e MMartan).

Há expectativa também para um relançamento do site (final de maio de 2017) incrementando o comércio on line de produtos. Hoje o atual site é responsável pelas maiores vendas no canal Varejo.Essa é a grande expectativa de crescimento das vendas para 2017 e para os próximos anos.

A operação de Atacado (fabricação + venda atacadistas) também vem performando bem, e é onde a companhia prevê um ganho de market share em novos mercados, como o de decoração e produtos ligados ao sono (Travesseiros etc).

O aumento do grau de nacionalização permitiu uma diminuição das necessidades de estoque, pois o ciclo de reposição do produto nacional é menor que o importado. Contudo a valorização do Real pode diminuir essa tendência.

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Outro destaque importante para essa operação é retomada das exportações que está em fase gradual de ramp up, sendo que no segundo trimestre haverá um embarque maior de produtos para uma grande varejista internacional, que abre de fato a nova linha de produtos de decoração, que irá crescer gradualmente.

Já a operação na América do Norte (EUA e Canadá) vem caminhando muito bem, onde a produção própria pode vir a se beneficiar da nova política econômica do governo Trump. O EBITDA desta operação subiu mais de 70% em relação a 2015, mesmo com a desvalorização do dólar frente ao real.

Importante ressaltar, que a Springs Global pode surfar a retomada do consumo sem necessidade de novos investimentos, potencializando ganhos de escala.

Em relação a rentabilização de ativos colocados à venda, temos a expectativa que dois novos contratos de locação sejam feitos ao longo do ano, nos moldes do negócio firmado recentemente com uma grande varejista que gerará R$7,2 mi/ano em alugueis.

Além disso, como foi vendido um centro de distribuição nos EUA por US$ 3 milhões, há ainda uma expectativa de venda de um terreno maior na Carolina do Sul com valor de mercado de US$ 10 milhões.

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Concluindo, apesar das vendas no varejo no primeiro trimestre não estarem se recuperando no ritmo esperado (como toda a economia), estamos muito confiantes na continuidade do processo de recuperação que já atinge 8 (oito) trimestres consecutivos de melhora, justificando a correção de preço da ação (de R$ 4 para a faixa de R$ 9), mas que em função da rápida evolução dos indicadores operacionais e financeiros, podem fazer com que o preço da ação alce patamares cada vez mais altos.

Até mais!!!!

João Paulo Reis É gestor do Venture Value FIA, sócio da Biguá Capital desde o seu surgimento em 2006, acumulando experiência na seleção e análise das empresas listadas na Bolsa

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