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A era dos security tokens: Banco Mundial capta US$ 80 mi com primeiro “blockchain bond”

Foi a primeira vez que um Bond com essas características foi emitido, e deve abrir caminho para que outras instituições o acompanhem
Por  Gustavo Cunha
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Nessa semana ocorreu a tão esperada emissão do banco mundial de um Bond que foi criado, alocado, transferido e gerenciado através da tecnologia Blockchain. Foi a primeira vez que um Bond com essas características foi emitido, e deve abrir caminho para que outras instituições o acompanhem.

Através do Bond-i (Blockchain Operated New Debt Instrument – ou em português: novo instrumento de dívida operado via Blockchain), o Banco Mundial captou A$110 milhões (aproximadamente US$80 milhões) por dois anos, tendo demanda de investidores de vários países.

A execução e venda desse título coube ao Commonwealth Bank of Australia (CBA), que foi mandatado pelo Banco Mundial no começo de agosto. O CBA desenvolveu uma Blockchain privada utilizando a plataforma Ethereum, que será usada pelo Banco Mundial para emitir e gerenciar esse Bond.

Colaboraram para a emissão, além do próprio Banco Mundial e do CBA, a Microsoft, responsável capacidade operacional, segurança e escalabilidade, além de ser utilizada sua plataforma de nuvem (Azure) para o processamento necessário e o escritório de advocacia King e Wood, responsável pelo aconselhamento legal.

Mas o que é tão importante assim nessa emissão?

Bem, muito se tem comentado do quanto o Blockchain pode ser capaz de tirar barreiras e intermediários, mas ainda são incipientes as aplicações por grandes empresas. Muitas têm feito testes de conceito e algumas implementações menores experimentais, mas de maneira ainda tímida.

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O sinal dado pelo Banco Mundial de que o Blockchain pode sim ter um futuro brilhante é inequívoco, e se o passado servir para antecipar o futuro, mais forte ainda. O Banco Mundial tem um histórico de abrir caminho para Bonds que viraram padrão de mercado nos anos subsequentes a ele ter feito a primeira emissão. Ocorreu em setembro de 1989, quanto ele foi o primeiro banco a emitir um Bond global e em janeiro de 2000, na primeira emissão de um Bond totalmente eletrônico.

Nesse primeiro momento, até onde constatei, a liquidação desse título ficou restrita a dólares australianos, mas nada impede que esse Bond-i seja listado em uma das exchanges de tokens, e que tenha cotação em qualquer outra moeda (tradicional ou cripto), fazendo com que esse título se torne de negociação global e sem necessidade de intermediário.

A era dos security tokens ou tokens valores mobiliários está só começando, e essa emissão do Banco Mundial é um passo muito importante nessa trajetória.

Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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