Banco Inter (BIDI11) salta 17,5% na bolsa com notícia de aporte bilionário do Softbank

Esta seria a primeira injeção de capital pelo grupo japonês em uma empresa brasileira listada em Bolsa; oferta de ações do banco rendeu R$ 1,25 bilhão 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As units do Banco Inter (BIDI11) chegaram a disparar até 21% na sessão desta terça-feira (30), fechando com ganhos de 17,47%, a R$ 47,40. O volume negociado foi de R$ 126 milhões, superando em mais de 8 vezes a média dos últimos 21 pregões, de R$ 15,2 milhões. Os papéis ordinários (BIDI3) e preferenciais (BIDI4) que formam as units do banco também saltaram na sessão desta terça.

Esse movimento ocorre após a instituição financeira levantar R$ 1,25 bilhão em oferta subsequente de units, que foram precificadas a R$ 39,99 (consequentemente, de R$ 13,33 por ação ordinária e preferencial).

O valor corresponde ao montante do aumento de capital do banco, dentro do limite do capital autorizado previsto em seu estatuto social.

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Mas, mais do que isso, o que leva à forte disparada é a informação do Brazil Journal e da Bloomberg de que quase R$ 1 bilhão em ações foi comprada pelo Softbank. Esta é a primeira injeção de capital pelo grupo japonês em uma empresa brasileira listada em Bolsa.

Com o aporte, o Softbank passa a deter 10% do capital do banco mineiro. 

Agora, o novo capital social do Banco passará a ser de R$ 2,114 bilhões, dividido em 358.501.021 ações ordinárias e 344.303.981 ações preferenciais. A Oferta consistiu na distribuição primária de 31.200.000 ações ordinárias e 62.400.000 preferenciais. 

O início de negociação das ações e das Units na B3 ocorrerá no dia 31 de julho, com a efetiva liquidação da oferta restrita ocorrerá em 1 de agosto.

O banco digital mineiro informou que pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da operação para incrementar suas operações de crédito,  investimentos em tecnologia e novos produtos e na expansão dos negócios por meio de aquisições estratégicas. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.