Medicina da USP vai adotar cotas raciais e nota do Enem no vestibular 2018

15 das 175 vagas serão destinadas para candidatos da rede pública que se autodeclarem pretos, pardos e indígenas 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO –  A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) anunciou que vai começar a aplicar uma política de cotas raciais como forma de ingresso pela primeira vez em sua história. Além disso, a faculdade aprovou a adesão parcial ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar estudantes.

Todo ano, a faculdade oferece 175 vagas de medicina e a partir de agora, 125 vagas, 71,4% do total, seguem destinadas ao vestibular tradicional da Fuvest.  Outras 50 vagas, que representam 28,6% do total, serão oferecidas pelo Sisu 2018 aos estudantes inscritos no Enem 2017.

Dessas 50, 10 serão reservadas para candidatos de ampla concorrência, 25 para candidatos que tenham feito o ensino médio em escola pública, e 15 vagas para candidatos da rede pública que se autodeclarem pretos, pardos e indígenas.

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No total, 8,6% de todas as vagas para novos alunos em 2018 será reservada para pretos, pardos e indígenas. Segundo a FMUSP, a razão da adesão parcial da faculdade ao Sisu é uma tentativa de acelerar a inclusão de estudantes que fizeram ensino médio em escolas públicas na USP.

A meta da instituição é ter 50% dos seus calouros vindos da rede pública de ensino médio em 2018. Este ano, o número foi um recorde, mas ainda ficou em 36,9%.

Os demais cursos da faculdade (fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional) também terão uma parte das vagas destinadas ao Sisu.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.