Crise não abala: condomínios devem continuar contratando em 2009

De acordo com Lello, serão 3 mil novas vagas somente em São Paulo; confira salários propostos para cada cargo

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Enquanto empresas estão fechando postos de trabalho em todo o País, por conta da crise, um setor vem despontando na criação de novos empregos: o de condomínios.

De acordo com levantamento realizado pela Lello, com base no número de novos empreendimentos que devem ser entregues pelas construtoras na capital paulista e região metropolitana, entre abril e dezembro, serão criados 3 mil novos empregos diretos somente em São Paulo neste ano.

A estatística tem como base dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) que mostram que, até o final do ano, deverão ser instalados 370 novos condomínios residenciais. Cada um deles gera, em média, oito empregos, entre zeladores, porteiros, faxineiros, garagistas e, em alguns casos, gerentes prediais.

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Os salários

Os salários dos novos contratados pelos condomínios variam, na média de cada profissão, de R$ 700 a R$ 2,3 mil, conforme a tabela abaixo:

Função Edifícios médio padrão Edifícios alto padrão
Auxiliar de serviços gerais de R$ 640 a R$ 670 de R$ 680 a R$ 800
Encarregado de manutenção de R$ 900 a R$ 1,5 mil de R$ 1,1 mil a R$ 1,5 mil
Encarregado de segurança de R$ 950 a R$ 1,1 mil de R$ 1,1 mil a R$ 1,7 mil
Porteiro/vigia/garagista de R$ 670 a R$ 770 de R$ 820 a R$ 1.080
Supervisor/gerente predial de R$ 1.210 a R$ 1,7 mil de R$ 1,4 mil a R$ 2,3 mil
Zelador de R$ 880 a R$ 1,1 mil de R$ 1.150 a R$ 1,9 mil

Fonte: Lello

Contratação

A seleção dos candidatos fica a cargo da empresa indicada para administrar o prédio após a sua entrega. Neste momento, vale formatar um bom currículo e seguir algumas regras básicas para participação em entrevistas: boa aparência e comportamento impecável, sempre dizendo a verdade sobre a capacitação.

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Segundo a gerente de Relações Humanas da Lello Condomínios, a exigência por qualidade tem estimulado a capacitação e reciclagem dos profissionais que atuam nos condomínios residenciais.

“A necessidade de reforçar a segurança nos edifícios da capital é outro fator que tem contribuído para estimular a qualificação profissional dos funcionários da categoria. O perfil do trabalhador de condomínio vem sofrendo uma alteração positiva nos últimos anos, cedendo lugar a profissionais mais preparados, normalmente treinados e indicados pelas administradoras do setor”, disse.