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SÃO PAULO – Se a indústria automobilística realizar demissões em massa durante o período de vigência da medida que reduziu as alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o governo poderá voltar atrás, e cancelar a medida. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, o governo tem a prerrogativa de voltar atrás caso as empresas não cumpram o acordo de não demissão.
Apesar de ressaltar que não há nenhuma decisão tomada a respeito e que o governo não tem como obrigar as montadoras a manterem os empregos, a assessoria lembra que existe a possibilidade de cancelamento da medida, caso outras montadoras sigam o exemplo da Peugeot, que demitiu 250 funcionários na última segunda-feira (30).
Demissões junto com IPI reduzido
A dispensa dos empregados na fabricante francesa foi divulgada no mesmo dia em que o ministro Guido Mantega anunciou a prorrogação do IPI reduzido, com o comprometimento de manutenção de empregos pelas montadoras.
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Ainda de acordo com a assessoria do Ministério, Mantega só tomou conhecimento das demissões na última terça-feira (31) e deverá se pronunciar a respeito quando voltar de viagem ao exterior. O ministro embarcou para Londres, para participar do encontro do G20.
Como as demissões na Peugeot foram feitas antes do acordo entrar em vigor, nesta quarta-feira (01), teoricamente, a montadora não descumpriu o combinado. As dispensas ocorreram na única fábrica que possui no Brasil, no sul do estado do Rio de Janeiro.