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SÃO PAULO – O ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, entregou na última terça-feira à noite ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cargo de ministro, três dias após ser acusado de corrupção pela Polícia Federal (PF).
A Operação Navalha da PF investiga um esquema de desvio de recursos públicos em obras concedidas à construtora Gautama. Rondeau, contudo, nega a participação e o recebimento de cerca de R$ 100 mil da empreiteira.
Inocência
“Reafirmo minha completa e absoluta inocência em relação às denúncias levantadas contra a minha pessoa, na certeza de que tudo será esclarecido, provando a injustiça e a crueldade das mentiras e insinuações divulgadas a meu respeito que atingiram minha honra”, mostra a nota enviada pelo ministério.
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Rondeau justificou a saída como uma forma de impedir que o setor energético, “fundamental para o desenvolvimento do país”, fosse prejudicado.
Nova disputa
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Nelson Hubner, irá assumir interinamente o cargo.
O senador José Sarney, visto como “padrinho” de Rondeau, já apresentou duas sugestões para ocupar o ministério, José Antonio Muniz, ex-presidente da Eletronorte e Astrogildo Quental, atual diretor econômico e financeiro da empresa.