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SÃO PAULO – O Governo lançou na última segunda-feira (12) uma política industrial para estimular o investimento que, caso seja bem-sucedida, aumentará a competitividade do setor tecnológico brasileiro no âmbito internacional.
A medida agradou os empresários do setor, entre eles Antonio Carlos Gil, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços, já que o segmento de TI (Tecnologia da Informação) foi um dos mais beneficiados pelo pacote.
Para o empresário, as medidas anunciadas “são o primeiro passo de um caminho que pode transformar o Brasil em um dos três maiores centros de TI do mundo”. Atualmente o País ocupa a oitava posição no ranking.
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Medidas e suas implicações
Entre as medidas que beneficiam o setor, o Governo reduziu pela metade (de 20% para 10%) a contribuição patronal para o INSS e eliminou a contribuição para o sistema S (que é de 3,5%) para empresas que gerarem 50% de sua receita com exportações.
Além disso, a área de softwares ganhou uma nova linha de crédito de R$ 1 bilhão dentro do programa Prosoft do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a possibilidade de reduzir, da base de cálculo do Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), os gastos com pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com o Citigroup, as mudanças devem fazer com que as exportações brasileiras de softwares passem de US$ 800 milhões no ano passado para cerca de US$ 3,5 bilhões em 2010, além de atraírem novas empresas estrangeiras do setor para o País.
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Empresas beneficiadas
Para o banco de investimentos, o pacote deve ser bom para Totvs (TOTS3) e Datasul (DSUL3), embora ainda não se saiba a magnitude dos benefícios gerados.
Os analistas apontam que, além das deduções de impostos, as novas regras podem permitir que as companhias vendam suas licenças diretamente do Brasil, deixando assim de pagar royalties para empresas internacionais.
Neste sentido, as ações de ambas as companhias recebem recomendação de compra da equipe do Citi.