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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta sexta-feira (30) que o Governo fará um superávit primário adicional de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para criar o Fundo Soberano do Brasil, que será gerido pelo Tesouro Nacional.
Mantega afirmou também que o FSB terá uma poupança em reais, mas não descartou a possibilidade de o Governo comprar dólares em algum momento para sua composição. Inicialmente, o Fundo será formado num montante de R$ 13 bilhões.
Na avaliação do ministro, a eventual compra de moeda estrangeira deve influenciar o câmbio e diminuir as pressões de alta sobre o Real, que acabam prejudicando as exportações.
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Apesar das especulações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de pensar melhor sobre o formato do Fundo, Mantega disse que o projeto de lei de sua criação será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana.
Combate à inflação é prioridade
Embora tenha explicado que a concepção do FSB que já vinha sendo discutida é exatamente a mesma, o ministro ressaltou que, no momento, a prioridade do Governo é o combate à inflação.
Neste sentido, Mantega afirmou que, com o esforço fiscal para criar o Fundo, “estamos ajudando com a política fiscal a política monetária”, que será a responsável por manter a inflação dentro das metas.
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O ministro chamou a atenção para a alta dos juros pelo Banco Central no mês passado, para a redução de tarifas de importação para o trigo e aço e para a desoneração da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre os combustíveis. Para ele, a alta dos preços está sendo causada em grande parte pelos alimentos.