Publicidade
SÃO PAULO – O percentual de brasileiros que já sentem os efeitos da crise no dia a dia aumentou 8 pontos percentuais em três meses, saindo de 29% em dezembro do ano passado para 37% em março deste ano.
Em contrapartida, o número daqueles que ouvem falar da crise, mas não percebem seus efeitos em nenhuma atividade e nem os sente pessoalmente, caiu de 37%, no último mês do ano passado, para 24% em março.
Os números fazem parte da pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta sexta-feira (20), que trata da evolução da opinião dos brasileiros sobre a crise financeira internacional e seus efeitos.
Continua depois da publicidade
Ainda assim, o percentual de brasileiros que sabem dos efeitos da crise em algumas atividades, mas não sentem seus efeitos diretamente, apresentou aumento no período, de 24% para 30%.
Medo da crise
Quanto ao medo de ser afetado pela crise, 28% se mostram com muito medo, 41%, com um pouco de medo, e 23% declararam não sentir qualquer medo de sofrer com os efeitos da crise.
O curioso, segundo a pesquisa, é que o medo da crise atinge praticamente da mesma forma todos os segmentos socioeconômicos.
Continua depois da publicidade
No geral, o estudo mostra que, mesmo que a maioria da população (83%) considere a crise grave ou muito grave, uma grande parcela (69%) acredita que o Brasil está mais preparado para a crise e que o país será pouco prejudicado (44%), como mostra a tabela a seguir:
A percepção do brasileiro sobre a crise em dezembro e março |
|||
Pergunta | Dez/ 08 | Jan/ 09 | |
Sabem sobre a crise | 75% | 81% | |
Consideram a crise muito grave ou grave | 84% | 83% | |
Acham que o Brasil será pouco prejudicado | 46% | 44% | |
Brasil está mais preparado para a crise | 43% | 69% | |
Muito ou pouco medo de ser afetado | 65% | 69% | |
Já sentem os efeitos no dia-a-dia | 29% | 37% | |
Consideram esta crise mais grave que outras | 67% | 69% |
Fonte: CNI-Ibope