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SÃO PAULO – O comércio internacional recebeu um sinal nesta terça-feira (31) de que não está abandonado à própria sorte: Robert Zoelick, presidente do Banco Mundial, anunciou a adoção de um programa orçado em US$ 50 bilhões voltado para a recuperação da liquidez do fluxo comercial entre países, prejudicada em muito pela escassez que abateu o crédito.
Em pronunciamento em Londres, onde acontece a reunião do G20, disse esperar dos representantes das vinte economias que compõem o grupo o compromisso em ajudar na reversão do quadro de queda acentuada que a atividade verá em função da crise econômica.
Zoelick sugeriu que, para combater a situação turbulenta, o grupo incrementasse a importância que atribui ao poder decisório das economias emergentes, assim como o papel de instituições como o Banco Mundial, a OMC (Organização Mundial do Comércio) e o FMI (Fundo Monetário Internacional). E vai além, reclamando maiores poderes a essas instituições na cobrança por transparência e coordenação política dos países.
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Sob perspectiva histórica
As projeções da instituição dão conta de recuo de 1,7% para a economia global neste ano, o primeiro desde a Segundq Guerra Mundial. Ainda sob a perspectiva histórica, o encolhimento do comércio mundial que Zoelick quer atenuar chegará aos 6% em 2009 – há 80 anos não se via uma variação negativa tão grande.
A proposta seria custeada via fundos públicos alavancados por um plano de minimização de risco em parceria com o setor privado e também através de levantamentos de recursos junto a agências nacionais de crédito à exportação.
Anunciada a proposta, ela será apreciada pelo conselho da instituição ainda neste dia.