Gilmar Mendes que julgar intervenção federal no DF antes de deixar presidência

Para o atual governador, Wilson Lima, que é contra intervenção, instituições estão em "funcionamento normal"

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse que pretende julgar antes do dia 23 de abril o pedido de intervenção federal no Distrito Federal, apresentado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

A data é o dia definido para que Mendes deixe a presidência do Supremo, quando então será substituído pelo ministro Cezar Peluso. “Se houver condições, pretendo julgar antes. Se eu não conseguir levar ao plenário até o dia 23 de abril, certamente o ministro Peluso continuará relator”. 

É prerrogativa do presidente do Tribunal analisar os pedidos de intervenção federal. Para Roberto Gurgel, autor do pedido, existe “uma verdadeira organização criminosa” no governo do DF, que seria comandada por José Roberto Arruda, cujo mandato foi cassado por infidelidade partidária na última semana. 

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Para o procurador, como toda a linha sucessória está envolvida nas denúncias, assim como boa parte da Câmara Legislativa do DF, a intervenção federal se faz necessária. 

Funcionamento normal
Já para o atual governador, Wilson Lima (PR), que se reuniu com Gilmar Mendes para discutir a intervenção, ela não se justifica, já que as instituições estão em seu “funcionamento normal”, e assim o Distrito Federal poderia prosseguir sem um interventor nomeado pelo governo até o final deste ano.