Investimentos: eleições trazem perdas ao mercado de ações brasileiros

Mas economista garante que situação não afeta o investidor que compra ações de olho no longo prazo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O período de campanha eleitoral pode trazer perdas ao investidor brasileiro alocado no mercado de ações nacional. A afirmação é do economista e professor da Brazilian Business School, Ricardo Torres. 

“Com a campanha eleitoral, começa também um período de incertezas quanto ao futuro da política monetária do País. Não sabemos quais são as decisões que o próximo presidente vai tomar. Diante dessa incerteza, os investidores internacionais ficam com receio de alocar recursos no nosso mercado de ações, e muitos até vendem seus papéis. Isso causa um esvaziamento na bolsa, que pode levar a desvalorizações, prejudicando os brasileiros com ações na carteira”, explica. 

Estrangeiros x candidatos
Diante desse cenário, o professor acha bastante válida a iniciativa da BM&F Bovespa, que está realizando em Nova York uma série de palestras com os candidatos à Presidência da República, para que os investidores estrangeiros conheçam nossos candidatos. Dilma Roussef (PT) participou do encontro em maio, e Marina Silva (PV) em julho. Ainda não está agendada a palestra com José Serra (PSDB). 

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“Quando falamos de investimentos, estamos basicamente falando de retornos contra riscos. Se os investidores estrangeiros conhecem os candidatos, o risco diminui, porque eles percebem que os candidatos não pretendem fazer loucuras com a economia nacional. Na época em que as pesquisas apontavam que o Lula seria eleito pela primeira vez, tivemos mercados turbulentos, pois não sabíamos como seria o futuro. E nós vemos que, aqui mesmo no Cone Sul, há presidentes que tomam decisões que prejudicam os investidores estrangeiros. Então, há, sim, motivo para a incerteza”, conta Torres. 

O economista conta também que, quanto mais se demora para definir o novo presidente, mais se demora para as coisas se normalizarem. “O investidor quer saber quem será o presidente. Quanto mais as pesquisas demoram para apontar o provável eleito, mais se demora para que os investimentos estrangeiros se normalizem”. 

Longo prazo
Ainda segundo o professor, esse cenário não deve assustar os brasileiros que querem alocar seus recursos em ações. “Não podemos esquecer que o investimento em Bolsa é um investimento de longo prazo. Temos empresas com bons fundamentos e candidatos com boas propostas para nossa economia. Então, não há dúvidas de que, no longo prazo, a Bolsa terá boas valorizações”, finaliza.

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