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SÃO PAULO – A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou lei que permite à Copel (CPLE6) possuir participação minoritária em projetos de transmissão e geração de energia, o que gerou opiniões difusas de analistas acerca dos possíveis efeitos resultantes da medida.
Para Felipe Mattar, Sergio Conti e Bruno Pascon, analistas do Barclays, as medidas trarão benefícios à companhia paranaense uma vez que permitem que a Copel se envolva em projetos de maior magnitude na geração de energia. Deve haver ainda uma melhora na estrutura de capital, já que a companhia agora poderá acessar as linhas de financiamento de projetos do BNDES, ao invés dos canais de financiamento corporativo.
O Barclays vê ainda crescimento do RoE (Retorno sobre o Capital) geral dos projetos da Copel, já que a empresa não consolidará suas participações minoritárias, não atingindo assim os limites de endividamento impostos pelo Banco Central (por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal) para empresas controladas pelo governo.
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Riscos com leilão
Já Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora, vê como negativos os possíveis efeitos resultantes da medida. O analista crê que a participação da Copel na disputa do leilão A-5, viabilizada pela decisão do legislativo do estado, pode significar um risco considerável sobre os papéis da empresa.
O leilão, promovido pelo governo federal, no qual a companhia já declarou sua pretensão de atuar agressivamente como vendedora de energia, pretende licitar cinco usinas hidrelétricas e ocorrerá no próximo dia 17.
Recomendação
Os analistas do Barclays atribuiram recomendação overweight para os papéis da empresa, com preço-alvo de R$ 47,00, o que representa potencial teórico de valorização de 22,71% em relação ao último fechamento.
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