Chefe do FMI é preso nos EUA e traz riscos para resolução de crise da dívida na Europa

Dominique Strauss-Kahn foi acusado de tentativa de abuso sexual e permanece sob custódia da polícia em Nova York

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SÃO PAULO – O diretor do FMI (Fundo Monetário Internaciona), Dominique Strauss-Kahn, foi colocado sob custódia da polícia de Nova York no último domingo (15) em função de acusações sobre tentativa de estupro.

Strauss-Kahn era apontado como potencial candidato à presidência da França em 2012 pelo Partido Socialista, de oposição, além de ser considerado uma das figuras-chave nas negociações para resolução da crise da dívida soberana na Europa, cujos pacotes de ajuda contam com recursos tanto dos países europeus, quanto do FMI.

Dificuldades
Sua importância nas negociações derivaria de seu bom relacionamento com líderes políticos, além de sua capacidade de implantar o apoio do Fundo por meio de aportes aos países em dificuldades, como Grécia e Irlanda.

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Neste fim de semana, Strauss-Kahn tinha encontro agendados com a Chanceler alemã, Angela Merkel, bem como reunião com os ministros de finanças da União Europeia.

Embora tenha se recusado a comentar o assunto – afirmando ser de alçada dos advogados de Strauss-Kahn e das autoridades norte-americanas -, o FMI afirmou em nota que permanece “funcionando plenamente e operacional”.