“Marina ainda resiste aos ataques, mas até quando ela vai aguentar?”, questiona especialista

Vera Chaia pontua que as inconsistências de Marina contribuíram para que as chances da candidata petista aumentassem.

Marcello Ribeiro Silva

Publicidade

SÃO PAULO – Após a divulgação das mais recentes pesquisas da eleição presidencial do Ibope e do Datafolha, que mostrou Marina Silva (PSB) encurtando a distância sustentada por Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, ficou evidente que a pessebista ainda está conseguindo resistir à pressão dos seus principais opositores nas urnas, Dilma e Aécio Neves (PSDB).

“Marina ainda resiste aos ataques, mas até quando ela vai aguentar?”, questiona Vera Chaia, cientista política da PUC-SP . “Esse levantamento consolidou Marina como candidatíssima ao segundo turno, mas ela está na berlinda por ser a candidata mais desconhecida, a mais nova”, acrescentou.

A especialista destacou que a trajetória ascendente da ex-senadora reflete uma candidatura íntegra e resistente às críticas até o momento.

Continua depois da publicidade

Para Chaia, os últimos movimentos de Marina, como as alterações no programa de governo menos de 24 horas após seu lançamento, reforçaram as inconsistências e as incoerências da candidatura da pessebista . “Essa inconsistência contribuiu para que as chances de Dilma aumentassem”.

De acordo com a cientista política, Dilma e Marina devem protagonizar uma “briga de cachorro grande” e a petista deve continuar batendo com cada vez mais contundência na ex-senadora. “As chances de Dilma se limitam à desestabilização de Marina. Por outro lado, a ex-senadora só precisa se manter inerte aos ataques que sofrerá nas próximas semanas”, concluiu Chaia, acrescentando que a presidenciável deve aumentar a intensidade e a frequência de seus ataques contra Marina e que a disputa continuará acirrada.