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SÃO PAULO – Segundo informações da coluna Radar Online, da Veja, o ex-presidente Lula desembarca nesta terça-feira em Brasília para assumir o papel de articulador do governo, que está em crise.
Em meio ao enfraquecimento de Aloizio Mercadante (ministro-chefe da Casa Civil) na articulação política, conhecido como “um dos que mais ajudam quando não atrapalham” ao ser responsabilizado como um dos responsáveis pelas sucessivas tensões na relação entre o Executivo e o Congresso, Lula acaba ganhando forças para apaziguar os ânimos.
E, segundo informações do jornal Valor Econômico, Lula está atuando para evitar debandada do PT. Na última segunda-feira, o ex-presidente se reuniu com o senador gaúcho Paulo Paim, que ameaça deixar o partido se o governo aprovar no Congresso Nacional a redução dos direitos trabalhistas.
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E o governo já cedeu em alguns pontos, como mostra o jornal O Estado de S. Paulo de hoje. A presidente Dilma disse a Lula e ao PT que irá alterar as Medidas Provisórias 664 e 665, que tratam de cortes nos benefícios trabalhistas, para tentar reconquistar sua base.
Dentro do PT, o comunicado de Dilma foi visto como positivo, já que, para o partido, um dos maiores focos de decepção do povo com a gestão da presidente é justamente o pacote de medidas de ajuste fiscal.
O Instituto Lula, em São Paulo, virou um local de peregrinação de parlamentares, empresários e movimentos sociais descontentes com o governo, destaca o jornal. Entre os descontentes, além de Paim, estão o senador Walter Pinheiro (PT-BA), que também poderia sair do PT. Enquanto isso, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) já está de saída e deve migrar para o PSB entre abril e maio.
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E, a pedido de Lula, o PT convocou para o próximo dia 30 uma reunião de cúpula de partido. O objetivo da reunião, segundo o e-mail de convocação, é “discutir as tarefas do PT na atual situação política”. Os presidentes estaduais também foram chamados para o encontro.