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SÃO PAULO – Com a queda de arrecadação provocada pela redução das doações privadas desde que o tesoureiro João Vaccari Neto passou a ser investigado pela Operação Lava Jato, o PT está enfrentando um ajuste drástico nas suas contas, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Isso depois de uma “década de bonança” e mesmo depois de um forte aumento do Fundo Partidário neste ano – o Congresso aprovou a elevação de R$ 289,56 milhões para R$ 867,56 milhões.
O ajuste fiscal é feito através da restrição do uso de passagens aéreas por dirigentes, demissão de funcionários de diretórios regionais, otimização do aluguel de espaços para eventos e até o uso de telefones foi restrito. Integrantes da Executiva Nacional do PT, órgão responsável pela administração direta do partido, tiveram a verba de telefonemas reduzida de R$ 500 para R$ 100. Muitos deles preferiram trocar de celular, optando por operadoras por mais baratas.
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Verbas com táxi, combustível, alimentação, serviços técnicos de terceiros, advogados e gráficas também foram contingenciadas. E, de acordo com a direção do partido, a única área que não foi afetada é a de comunicação, para onde são direcionados todos recursos economizados em outras despesas. Porém, a implantação da TV PT está quase atrasada em quase um mês.
Na reunião do ex-presidente Lula com presidentes estaduais e dirigentes, na segunda-feira passada, quase toda a executiva petista viajou com passagens pagas do próprio bolso ou compradas com pontos acumulados em programas de fidelidade.
O único dirigente que tem autonomia desde o começo deste ano para reservar passagens aéreas sem pedir autorização é o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Depois dos gastos com pessoal, que em 2013 somaram R$ 13 milhões, as viagens são o principal item de despesas do PT, com R$ 7 milhões.