Publicidade
SÃO PAULO – De acordo com a coluna do G1 de Gerson Camarotti, em meio à crise política, passou a ser avaliada no Palácio do Planalto a possibilidade de nomeação do ex-presidente Lula como do governo Dilma Rousseff.
Segundo Camarotti, essa tese já é defendida por alguns interlocutores da presidente e do seu antecessor. O problema é que isso levaria a um efeito colateral: Dilma teria o seu poder presidencial completamente esvaziado.
Porém, segundo petistas, este movimento poderia garantir a governabilidade mínima para os próximos anos, por causa da capacidade de articulação política de Lula, já que ele tem mais trânsito com o Congresso e poderia fazer uma blindagem do governo.
Continua depois da publicidade
Os dois cargos mais apropriados seriam de ministro das Relações Exteriores e o da Defesa. Estas pastas comandam carreiras de Estado que seriam mais apropriadas para um ex-presidente. Além disso, Lula também ganhará foro privilegiado: alguns petistas temem que o ex-presidente vire alvo da investigação da Operação Lava Jato.
Segundo o jornal Valor Econômico desta semana, o ex-presidente entrou no “radar” da Operação Lava Jato, de acordo com uma autoridade diretamente envolvida nas investigações logo após a prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Dirceu foi preso ontem na 17ª fase da Operação, a Pixuleco. Ele é investigado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro por receber R$ 29 milhões em sete anos, de empresas investigadas por meio da JD Assessoria e Consultoria.
Continua depois da publicidade
“Por enquanto são suspeitas. Ele [Lula], por ora, não é investigado. Mas ele está no radar”, afirmou a autoridade ao jornal. Segundo o jornal, chama a atenção dos investigadores o fato do ex-presidente ter recebido pagamentos a título de remuneração por palestras de empresas investigadas na Operação Lava Jato. Aliás, no mês passado, foi aberto um inquérito no MPF (Ministério Público Federal) para investigar o petista por suposto tráfico de influência.