Atos pró-governo de hoje já enfrentam racha; MTST decide organizar atos próprios

Segundo O Globo, em pelo menos cinco capitais — Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador e Vitória - o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que é responsável pelas maiores manifestações de esquerda teria ficado insatisfeito com o "caráter chapa-branca" da mobilização e decidiu organizar atos próprios

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Para hoje, estão organizadas manifestações em diversas cidades “em defesa da democracia”, em resposta às manifestações do último domingo que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contudo, os atos pró-governo já enfrentam rachas, como informa os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Segundo O Globo, em pelo menos cinco capitais — Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador e Vitória – o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que é responsável pelas maiores manifestações de esquerda teria ficado insatisfeito com o “caráter chapa-branca” da mobilização e decidiu organizar atos próprios. Além do MTST, grupos ligados ao PSOL visto como dono da maior capacidade de mobilização, alertaram os demais movimentos que não defenderão Dilma e que vão mirar temas sensíveis ao governo. 

E até mesmo lideranças petistas podem enfrentar situações “constrangedoras” em algumas cidades, inclusive onde não houve desentendimento entre os organizadores da iniciativa. Aliás, em São Paulo, a manifestação, na qual é esperada a presença do presidente do PT, Rui Falcão. Este ato deverá ter palavras de ordem contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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O PT se recusou a assinar o manifesto de convocação para os atos desta quinta por causa das críticas à política econômica do governo federal presentes no documento. 

O presidente do diretório estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, vê que a defesa do governo não é unânime, mas pediu a unidade dos grupos, destacando que “nem mesmo a direita é unânime”. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.