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SÃO PAULO – Pela rede social Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu o trecho do livro de Fernando Henrique Cardoso, “Diários da Presidência”, que afirma que o tucano teria recusado o nome de Cunha para a diretoria da Petrobras, em 1996. A sugestão teria sido dada por Francisco Dornelles, então do PPB.
“Se houve algum movimento feito, foi sem meu conhecimento até porque não teria lógica pela experiência minha em telecomunicações”, afirmou o presidente da Câmara.
Ele afirmou que a única coisa que se recorda do tempo de FHC na Presidência da República foi o movimento realizado por deputados para que retornasse à Telerj, empresa que foi presidida por Cunha.
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“Mesmo assim o movimento que não contava com a minha concordância, já que não queria voltar para trabalhar em governo”, reiterou.
Hoje, a revista Piauí antecipou trechos do livro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que cita Cunha: “na verdade o que eles (deputados do Rio) querem é nomear o Eduardo Cunha diretor comercial da Petrobras! Imagina! O Eduardo Cunha foi presidente da Telerj, nós o tiramos de lá no tempo de Itamar (Franco, ex-presidente da República) porque ele tinha trapalhadas, ele veio da época do [Fernando] Collor. Eu fiz sentir que conhecia a pessoa e que sabia que havia resistência, que eles estavam atribuindo ao Eduardo Jorge; eu disse que não era ele e que há, sim, problemas com esse nome. Enfim, não cedemos à nomeação”.
No seu governo, entre 1995 e 2002, FHC registrou, com a ajuda de um gravador, o cotidiano da Presidência da República. O livro que chega às bancas compreende o período entre 1995 e 1996 e é o primeiro de quatro volumes que serão publicados até 2017.
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Atual vice-governador do Rio de Janeiro, Dornelles afirmou não ter indicado Eduardo Cunha para Petrobras, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. “Tenho certeza que nunca fiz essa indicação. Não por Eduardo Cunha, gosto muito dele e o considero muito competente. Mas nunca fiz qualquer indicação para a Petrobrás. Minha relação com a Petrobrás era a mesma relação entre a Inglaterra e a Argentina na época da guerra das Malvinas. Eu não tinha nenhuma relação com a Petrobrás, nem nesta época, nem antes, nem depois, nem nunca. Eu poderia até fazer indicação para Furnas, por exemplo, mas, para a Petrobrás, nunca”.
Confira os tweets de Cunha: