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SÃO PAULO – O Ministério da Defesa exonerou do Comando Militar do Sul o general Antônio Hamilton Martins Mourão, sendo transferido para a Secretaria de Economia e Finanças da pasta, um cargo burocrático.
A mudança foi feita após críticas de Mourão ao governo Dilma Rousseff em palestra realizada em 17 de setembro no Rio Grande do Sul. Mourão criticou políticos e disse que a saída de Dilma da presidência não altera o “status quo”, mas que seria “o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”, entre outras declarações.
Mourão já chegou a convocar os presentes para o “despertar de uma luta patriótica”. Ele ainda afirmou que “a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões”.
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As declarações causaram mal-estar no Ministério da Defesa. O mal-estar aumentou ainda mais uma vez que, depois do episódio da palestra, Mourão ter estimulado uma homenagem póstuma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do órgão repressor da ditadura militar, que morreu este mês.
Nesta quinta, após reunião do Alto Comando do Exército, a transferência do general Mourão foi efetivada, e para o seu lugar foi nomeado o general Édson Leal Pujol, que já foi comandante das tropas no Haiti e atualmente estava na Secretaria de Economia e Finanças do Exército, para onde vai Mourão.