Em entrevista, Jaques Wagner admite que erros do Dilma I contribuíram para a crise atual

O ministro ainda avaliou como correta a a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda e afirmou que a dose que o antecessor aplicou (na economia), "no lugar de ser remédio, virou veneno"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista para a Rádio Metrópole, de Salvador, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, admitiu nesta terça-feira que parte dos problemas econômicos enfrentados pelo país, com inflação superando os dois dígitos, retração da economia e alta do desemprego, foi provocada por medidas adotadas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Globo

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“Nós (governo) perdemos receitas, além de erros que foram cometidos em 2013, 2014, como desoneração (tributária) exagerada, programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava e que, portanto, quando a gente abriu a porta de 2015, você estava com uma situação fiscal… Por isso que o ano foi tão duro”, avaliou.

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O ministro ainda avaliou como correta a a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda. “Ele (Levy) estava num processo de desgaste na relação com o governo e o Congresso. É uma pessoa de boa fé, que conhece o riscado, mas veio com uma linha muito dura, sem diálogo, e as coisas não funcionam assim. Acho que a dose que o Levy aplicou (na economia), no lugar de ser remédio, virou veneno”. 

Wagner avalia Barbosa como “mais formulador e aberto ao diálogo” que o seu antecessor. “Acho que ele (Barbosa) tem uma visão mais geral da economia. O Levy tinha uma visão muito específica do livro-caixa, do cofre, então ele estava obcecado por aquilo ali. Não acho que (a troca) é seis por meia dúzia”.

 O governo, segundo ele, deve buscar “um ponto de equilíbrio entre uma rota de crescimento e a manutenção da responsabilidade fiscal”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.