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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia que era o próximo alvo da Operação Lava Jato e chegou a estudar nos últimos dias tornar-se ministro do governo Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. A ideia era dar ao petista o foro privilegiado e fazer com que sua possível prisão tivesse que ser autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Apesar disso, Lula rejeitou a proposta e decidiu que preferia ver a reação de seus pares. “Vamos esperar a arbitrariedade [na visão do petista, as investigações são arbitrárias e ilegais], é bom que aconteça para que o PT e a sociedade possam reagir”, disse ele a amigos de acordo com a publicação.
Um dia após o vazamento de uma suposta delação feita pelo senador Delcídio do Amaral, a Polícia Federal realiza nesta sexta-feira a 24ª fase da Operação Lava Jato no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva. A operação foi batizada de Aletheia.
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Lula foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor). Os carros da PF chegaram às 6h (horário de Brasília) à sua casa, em São Bernardo. Quatro carros entraram na garagem do prédio e cerca de dez agentes ficaram na portaria.
Após ser levado pela PF, Lula encerrou seu depoimento no aeroporto de Congonhas e foi para o Diretório Nacional do PT, no centro de São Paulo, onde realiza uma coletiva às 14h (horário de Brasília).