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SÃO PAULO – Existe um elevado nível de pressão de alas petistas para que Lula aceite um suposto convite a integrar o ministério de Dilma, mas uma proporcional resistência do ex-presidente à ideia. Em conversa por telefone com o InfoMoney, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que, se a oferta se concretizasse, seria um passo importante para o enfrentamento da atual crise. O possível ingresso de Lula a um ministério, na avaliação do parlamentar, “qualificaria o governo”.
Quando questionado sobre o que poderia interessar o petista a assumir tal compromisso e se atrelar ainda mais à imagem da desgastada gestão Dilma, Damous desconversou, mas descartou a hipótese de ser uma ação em defesa contra o cerco da Operação Lava Jato. O deputado não soube responder qual teria sido o ministério oferecido a Lula durante o jantar com a presidente ontem.
Na imprensa, especula-se sobre diversas versões, sendo as mais aventadas referentes à Casa Civil ou ao próprio Ministério da Justiça — esta menos provável pelos potenciais ruídos adicionais gerados, uma vez que a pasta controla administrativamente a Polícia Federal. O cargo de ministro daria a Lula foro privilegiado, o que impediria o juiz Sergio Moro de analisar o caso.
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Senadores que participaram do café da manhã com Lula na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disseram que ele negou ter sido convidado para um ministério de Dilma e que não aceitaria comandar uma pasta de sua sucessora. Segundo o peemedebista, “Lula fez questão de dizer que não teve convite, que não cogita, e que para ajudar o Brasil não precisa ter cargo de ministro, mas que quer ajudar, vir a Brasília e conversar com o Congresso”.
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