Ex-deputado que afirmou que “Lula sabia do petrolão” fecha delação premiada

Pedro Corrêa é o segundo político que decide entregar o que sabe em troca de possível redução de pena, além de Delcídio do Amaral (PT-MS); já a publicitária Mônica Moura alterou sua estratégia de defesa e contratou criminalista com experiência em acordo de delação

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ex-deputado e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, assinou acordo de colaboração premiada com o Ministério Publico Federal em Curitiba, segundo confirmações da última segunda-feira (14). Ele prestará os depoimentos a procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato. A delação ainda precisa ser homologada pela Justiça.

Corrêa é o segundo político que decide entregar o que sabe em troca de possível redução de pena, além de Delcídio do Amaral (PT-MS). 

Durante negociação de delação premiada, o deputado afirmou que Lula sabia da existência do Petrolão e da função exercida no esquema pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo reportagem da revista Época, publicada no início do mês. Dos 73 capítulos e dos mais de 130 agentes políticos citados na proposta de delação premiada, que deve ser assinada nos próximos dias, o personagem principal é o ex-presidente, disseram investigadores ouvidos pela revista. 

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O ex-deputado ofereceu aos investigadores relatar cinco episódios comprometedores envolvendo Lula, mas que, no final das contas, tornaram-se em um único tópico. Foi esse tópico que fez com que os procuradores da Lava Jato aceitassem a colaboração de Corrêa. O ex-deputado cita diversos relatos de encontros realizados entre Corrêa e Lula. Num deles, o PP cobra mais espaço no esquema de propina da Petrobras, em outro, relata o que seria uma interferência direta de Lula na Petrobras.

segundo o jornal O Globo, a esposa de João Santana, a publicitária Mônica Moura,  alterou sua estratégia de defesa e contratou um criminalista com experiência em acordo de delação premiada para defendê-la na Operação Lava Jato. Há duas semanas, a publicitária e o marido, o marqueteiro João Santana, analisam a possibilidade de um acordo de colaboração, informa o jornal.

Porém, o jornal informa que os advogados negam que a mudança na estratégia de defesa seja motivada pela possibilidade de acordo. “Decidimos separar as defesas, porque eram muito diferentes as funções de cada um dentro da empresa. João sempre foi da criação e Monica, do financeiro”, afirmou o criminalista Fabio Tofic Simantob.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.