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SÃO PAULO – As planilhas da Odebrecht que foram apreendidas e podem indicar esquema de caixa 2 é bastante “democrática” por contar com possíveis repasses a cerca de 300 políticos de 24 partidos.
Desta forma, a planilha foi tratada como o “começo do fim” por pessoas ligadas à Operação Lava Jato, de acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Segundo os próprios generais ouvidos pela coluna, a operação chegou a uma bifurcação perigosa. “Teme-se a união de todos os atingidos para dar um basta à apuração ou a ‘união dos inimigos’ para sacrificar Dilma Rousseff e, com isso, entregar a cabeça para preservar o resto do corpo. Investigadores anteveem forte ataque especulativo sobre eles a partir de agora”. Hoje, a Folha elevou para ao menos 316 políticos em lista da Odebrecht, atingindo 24 partidos. Na quarta, o juiz federal Sergio Moro decretou sigilo dos autos que contêm planilhas da Odebrecht.
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Ontem, a Bloomberg destacou que a divulgação da planilha, assim como a notícia de que a empreiteira faria uma “colaboração definitiva” esfriaram o ânimo do mercado com a Lava Jato.
O mercado vinha melhorando na ”certeza do impeachment”, precificando a mudança de governo, diz Carlos Kawall, economista do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro. Não bastará o impeachment, contudo. Para consolidar o otimismo do mercado, será necessário que o novo presidente mostre condições de governabilidade, diz ele.
Sílvio Campos Neto, economista da Tendências, observa que a evolução da Lava Jato envolve riscos. “Não dá para falar que os depoimentos vão carbonizar só o governo”, diz o economista. Para ele, a delação premiada da Odebrecht traz cautela diante da possibilidade de as denúncias atingirem não apenas o governo, mas também a oposição.
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(Com Bloomberg)
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