Vale aumenta produção em 10%, reestruturação da Gol, possível fusão GPA e Carrefour e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta segunda-feira (15)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os contratos futuros de petróleo subiram nesta segunda-feira (15), com as tensões geopolíticas sobre o desaparecimento de um proeminente jornalista saudita alimentando preocupações sobre a oferta, embora preocupações com as perspectivas de longo prazo para a demanda tenham puxado os preços. A notícia deve impactar as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que também pode ser impactada pelos ajustes do ADR no feriado. 

No radar, Cade aprova fusão de Suzano com Fibria, sem restrições, Gol não pretende renovar contrato com Smiles, JBS é elevada a “BB-” pela S&P e mais notícias. Confira os destaques corporativos desta segunda-feira:

Suzano (SUZB3); Fibria (FIBR3)

A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a união dos negócios entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria. Após a publicação no Diário Oficial da União há prazo de 15 dias para eventual recursos de terceiros e então, o anúncio oficial da aprovação do negócio.  

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De acordo com a Superintendência, existem fornecedores alternativos no mercado nacional e há uma possibilidade de desvio de produção exportada para o mercado interno – o que pode aumentar a concorrência.

Além disso, o Cade destacou que há planos de expansão da capacidade produtiva por fornecedores neste mercado em atendimento a clientes domésticos. Em outras palavras, a operação entre as empresas não deverá prejudicar a concorrência no setor de produtos de celulose.

Na opinião do BTG Pactual, a notícia é positiva e a desvalorização das ações de Suzano deve ser vista como uma oportunidade de compra.

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“Apesar de reconhecermos que o acordo ainda possa levar algum tempo para ser concluído, acreditamos que as ações estão fortemente desvalorizadas e que os investidores estão esquecendo dos benefícios do acordo com a Fibria. Para nós, o fato da companhia conseguir produzir um excesso de 50% do seu valor de mercado no fluxo de caixa livre acumulado nos próximos 3 anos é muito bullish para ignorarmos”, escrevem os analistas.

Petrobras (PETR3; PETR4); Engie Brasil (EGIE3)

De acordo com a Bloomberg, a Engie e o fundo canadense Cassie de Depot e Placement du Quebec planejam oferecer US$ 9,0 bilhões para adquirir a TAG da Petrobras. A oferta representa um aumento sobre a última oferta reportada de US$ 8,0 bilhões.

A equipe de Research da XP Investimentos lembra que a empresa e o Governo pretendem usar um instrumento da Lei do Petróleo (Artigo 64), que já autoriza a Petrobras a criar subsidiárias, que podem, por sua vez, associar-se a outras empresas com participação minoritária ou majoritária. 

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“Se confirmada, a notícia seria positiva para a Petrobras, que alcançaria 78,5% de avanço do plano de desinvestimento de US$ 21 bilhões até o final de 2018”, escrevem os analistas. 

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GOL (GOLL4); Smiles (SMLS3)

A Gol Linhas Aéreas anunciou na noite de ontem que não pretende renovar o contrato operacional nem o contrato de prestação de serviços de backoffice com a Smiles, que vence em 2032.

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Em fato relevante, a companhia anunciou que fará uma reorganização societária, que inclui a criação de ações preferenciais com direitos econômicos majorados em relação às ordinárias da Gol e a venda das ações ordinárias da Gol ao acionista controlador, o Fundo de Investimento em Participações Volluto.

Além disso, a Gol prevê a incorporação da Smiles na Gol, com emissão pela Gol aos acionistas da Smiles de ações preferenciais da Gol da classe atual e de uma nova classe de preferenciais resgatáveis da Gol.

Leia mais: Gol não pretende renovar contrato com Smiles e anuncia reorganização societária

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JBS (JBSS3)

A JBS e a sua subsidiária americana foram elevadas de B+ para BB- pela agência de rating Standard & Poor’s, com perspectiva positiva.

Segundo a S&P, “a elevação do rating é reflexo da visão de que a JBS irá manter a atual diligência em relação à sua liquidez ao estender o perfil de vencimento de seu endividamento e reduzir a sua dívida bruta por meio de sua sólida posição e geração de caixa”.

Vale (VALE3)

A Vale divulgou nesta manhã os dados de produção e vendas do terceiro trimestre de 2018. No período, a companhia alcançou um novo recorde de produção de finos de minério de ferro: 104,9 Mt, e atingindo um ritmo de produção de 400 Mtpa.

Isto refletiu num novo recorde de vendas de minério de ferro e pelotas no total de 98,2 Mt, ficando 4,7 Mt acima do recorde anterior obtido no quarto trimestre de 2017. A produção de cobre, por sua vez, alcançou 94.500 toneladas, ficando 3.400 t abaixo do trimestre anterior.

De acordo com a Vale, a produção anual em 2018 ficará em linha com o limite superior do guidance de 50 a 55 Mt. 

Pão de Açúcar (PCAR4)

De acordo com o jornal “O Globo”, o grupo francês Casino está contratando advogas para avaliar uma eventual fusão das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil. O objetivo seria avaliar possíveis consequências no Cade de uma fusão entre as rivais. A informação não foi comendada pelo Carrefour e foi negada pelo GPA.

CPFL Renováveis (CPRE3)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deferiu o pedido de oferta pública de aquisição de ações da CPFL Renováveis para venda indireta de controle. Agora, a ofertante, State Grid, deverá publicar o edital até 22 de outubro.

A OPA terá 243.602.472 ações ordinárias ao preço de R$ 14,60 cada e o valor será corrigido pela taxa Selic desde a data de fechamento da venda do controle (23 de janeiro de 2017) até a data de liquidação.

RD (RADL3)

O grupo Raia Drogasil decidiu aposentar a sua bandeira de foco mais popular, a Farmasil, após reunião com analistas na última quinta-feira (11).

No lugar, a RD pretende transformar as 20 lojas Farmasil em Raia ou Drogasil com foco no segmento popular. A ideia é deixar os novos pontos mais simples, com equipe mais enxuta do que as lojas tradicionais do grupo e voltados para os genéricos.

Também no encontro, a companhia afirmou que pretende abrir 240 novos pontos em 2019. Atualmente, a rede soma cerca de 1,8 mil no país.

Tim (TIMP3); Vivo (VIVT4)

A Tim e a Vivo anunciaram um acordo para ampliar a cobertura de roaming para serviços 3G. Dessa forma, as empresas irão compartilhar a infraestrutura da rede móvel de terceira geração nos municípios contemplados, ampliando para 570 novas cidades atendidas.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig informou nesta manhã que as atividades da planta frigorífica de Mineiros, localizada no estado de Goiás, foram temporariamente paralisadas devido a um incidente em parte da planta, ocasionado por um incêndio de médias proporções na última sexta-feira (12).

A planta afetada corresponde por 4,5% da capacidade total de abate da empresa e não estava operando no dia do incidente por conta do feriado, desta forma, não houve colaboradores feridos.

De acordo com a Marfrig, a companhia está tomando todas as medidas necessárias para esta situação, sendo que as causas e a extensão dos danos causados estão sendo apurados. 

Embraer (EMBR3)

A Embraer lançou dois novos jatos executivos de porte médio e maior alcance, Praetor 500 e Praetor 600, no último domingo. As aeronaves possuem cabines remodeladas e tecnologia que reduz turbulências, gerando voos mais suaves.

O Praetor 600 será o jato executivo de porte super médio mais avançado, segundo a Embraer. A aeronave poderá fazer voos sem escalas entre Londres e Nova York. O Praetor 500 será capaz de chegar à Europa a partir da costa oeste dos EUA com uma única parada.

Com quatro passageiros e reservas NBAA IFR, o Praetor 600 terá um alcance intercontinental de 3.900 milhas náuticas (7.223 km). O Praetor 500 irá liderar a classe de porte médio, com alcance continental de 3.250 milhas náuticas (6.019 km).

Com Agência Brasil

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