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SÃO PAULO – Enquanto diversas ações despencam na bolsa como resultado da greve dos caminhoneiros e das concessões anunciadas pelo governo, um setor ainda pode vir a se beneficiar da crise. Devido às perdas na produção ocasionadas pelas paralisações, é possível que o preço da celulose continue em alta, contrariando positivamente a expectativa do mercado de uma queda nos próximos meses.
O aumento do preço da celulose observado desde o início do ano tem sido fator importante para o bom desempenho dos papéis da Suzano (SUZB3) e da Fibria (FIBR3), mesmo em tempos de crise, apontam analistas da XP Investimentos em relatório a clientes.
A commodity já foi dos US$ 480/t registrados no final de 2016 aos atuais US$ 769/t. Segundo a XP, a greve deve levar a uma perda entre 300 mil e 500 mil toneladas na produção da celulose, colaborando para uma manutenção do preço próximo aos níveis atuais, o que já seria bem recebido pelo mercado.
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As ações das duas empresas têm se beneficiado ainda da alta no dólar nos últimos meses, já que grande parte de seu lucro vem da exportação. Com isso, a nova alta da moeda nesta sexta-feira (01), após demissão do presidente da Petrobras Pedro Parente, é mais um fator que pode ajudar as empresas.
Em março, Suzano e Fibria tiveram sua fusão aprovada pelo BNDES, após anos de conversas e expectativa, fato que também teve repercussão positiva na bolsa. Em 2018, as duas ações lideram os ganhos do Ibovespa, com ganhos acumulados de 138% e 50%, respectivamente.