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SÃO PAULO – O Ibovespa prometia mais uma sessão de queda após a derrocada de 2,39% na sexta-feira, com a continuidade do movimento de baixa das ações da JBS e BRF, que chegaram a cair 10% em meio à deflagração da Operação Carne Fraca. Porém, o movimento de queda não se sustentou e o benchmark da Bolsa registra forte alta logo no início da tarde, com o índice tendo ganhos de 0,90%, a 64.785 pontos às 12h22, enquanto o dólar virou para queda, com o contrato futuro com vencimento em abril em baixa de 0,34%, a R$ 3,0943 e o dólar comercial registra baixa de 0,58%, a R$ 3,0829.
O início da sessão foi de cautela para os mercados, com o dólar em alta e a bolsa em baixa, em meio aos receios de efeitos da operação sobre exportações brasileiras. Contudo, a percepção é de que o governo busca limitar o efeito negativo junto a parceiros comerciais. Além disso, as ações de empresas que haviam caído na sexta “contaminadas” pela aversão ao risco com a operação Carne Fraca passaram a subir, caso de blue chips como Vale, Petrobras e bancos.
Ainda sobre o dólar, o mercado fica de olho na perspectiva de ingresso de recursos no país após o leilão de aeroportos em meio à sinalização de que os juros não devem subir além do esperado nos Estados Unidos.
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Porém, os investidores devem ficar atentos aos novos anúncios. A Reuters informou que União Europeia vai barrar qualquer empresa envolvida no escândalo da carne do Brasil. A China suspende temporariamente importação de carne do Brasil, segundo fontes da Bloomberg, enquanto Reuters informa que Coreia do Sul barrou temporariamente produtos de frango da BRF. Ontem, o governo Temer fez reuniões de emergência com ministros e frigoríficos, além de ter jantado com embaixadores em churrascaria neste domingo, tentando acalmar os temores sobre a qualidade da carne após a operação da PF. O Bradesco BBI vê um impacto de 15% no Ebitda em 2017, enquanto a Folha destacou o impacto da Carne Fraca para a oferta de ações. (veja mais detalhes clicando aqui).
Além disso, contribuindo para o movimento negativo da manhã, estava a notícia sobre o o desdobramento da reunião do G-20 no último final de semana, após a retirada do trecho sobre combate ao protecionismo da declaração do grupo das maiores potências econômicas mundiais, o que aumentou os temores de maiores barreiras ao comércio global.
Já na pauta econômica, vale destacar a notícia do Estadão de que, por exigência do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo deverá ser obrigado a anunciar um “supercorte” inicial do Orçamento e calibrar o valor ao longo do ano de acordo com um cronograma de medidas de aumento de receita. Os números ainda preliminares apontam que a tesourada pode ficar numa faixa entre R$ 60 bilhões e R$ 65 bilhões, a depender das decisões que serão tomadas nos próximos dois dias.
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Por fim, em entrevista ao Financial Times, o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn afirmou que a recuperação é impulsionada por política monetária flexível, reformas econômicas e micro-reformas. Ele destacou que o Brasil está voltando ao normal e o PIB começa a se recuperar no primeiro trimestre deste ano; o presidente do BC vê o PIB crescendo até 3% no quarto trimestre deste ano.
Destaques da Bolsa
Além de JBS e BRF em destaque, chama a atenção também as ações da Petrobras, que viraram para ganhos após abrirem em queda em meio ao dia de baixa do petróleo. O WTI cai 1,52%, a US$ 48,04, enquanto o brent tinha desvalorização de 1,06%, a US$ 51,21, em meio ao aumento das perfurações nos EUA. Apesar da queda do petróleo, a recuperação prevaleceu após as ações terem registrado uma forte queda na sexta, sendo contaminadas com a notícia sobre a Operação Carne Fraca. Ainda no mercado de commodities, o cobre e níquel caem em Londres, enquanto o minério de ferro em Dalian tem leve queda de 0,42%, e o de Qingdao tem baixa de 0,92%, a 712 iuanes. A Vale registra leves ganhos, com os papéis PNA em alta de 0,7%. As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são: As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
ELET3
ELETROBRAS ON
19,88
+4,47
-12,85
9,18M
FIBR3
FIBRIA ON
28,64
+3,36
-10,19
17,55M
SANB11
SANTANDER BRUNT
32,11
+3,08
+13,41
9,85M
SUZB5
SUZANO PAPELPNA
13,17
+2,65
-7,25
20,70M
ESTC3
ESTACIO PARTON
15,59
+2,57
-1,33
7,24M
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
MRFG3
MARFRIG ON
5,38
-3,93
-18,61
8,28M
SBSP3
SABESP ON
30,95
-2,86
+7,50
25,58M
CMIG4
CEMIG PN
11,28
-2,59
+46,30
38,93M
BRFS3
BRF SA ON
36,18
-2,48
-25,02
462,91M
SMLE3
SMILES ON ED
57,19
-1,26
+37,19
10,10M
* – Lote de mil a??es
1 – Em reais (K – Mil | M – Milh?o | B – Bilh?o)