Com Petrobras, Itaú e Ambev, exercício de opções movimenta R$ 4,4 bilhões na BM&FBovespa

Entre as 5 opções mais movimentadas, o Itaú aparece nos primeiros lugares, com dois contratos de venda: um com exercício a R$ 34,27 e outro, a R$ 36,77

Paula Barra

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SÃO PAULO – O exercício das opções sobre ações de novembro movimentou R$ 4,36 bilhões nesta segunda-feira (19), informou a BM&FBovespa. Deste total, R$ 2,431 bilhões foram do exercício de opções de venda e o R$ 1,930 bilhões restantes vieram de opções de compra.

Entre as 5 opções mais movimentadas, o Itaú aparece nos primeiros lugares, com dois contratos de venda: um com exercício a R$ 34,27, que movimentou R$ 274,6 milhões; e o outro com exercício a R$ 36,77, com giro de R$ 219,62 milhões.

Na sequência, aparece uma opção de compra de Petrobras a R$ 14,00, seguida por uma opção de compra de Ambev a R$ 16,32. Elas movimentaram R$ 114,06 milhões e R$ 85,17 milhões, respectivamente. Completando o “top 5” do exercício, figura uma opção de venda de Lojas Renner a R$ 24,81, que movimentou R$ 84,9 milhões. 

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O que é uma opção?
A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato. 

Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado. Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.

Dados históricos dos vencimentos de opções:

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Vencimento Opções de compra
(R$ milhões)
Opções de venda
(R$ milhões)
Total
(R$ milhões)
21/11/2016 3.280 971,1 3.280
17/10/2016 3.491 323,6 3.810
19/09/2016 1.728 545,9 2.270

15/08/2016

2.517 118,4 2.635,4
18/07/2016 2.433 166 2.599
20/06/2016 1.357 919 2.276
16/05/2016 1.219 859 2.078
18/04/2016 3.385 272 3.650
21/03/2016 3.315 481 3.790
15/02/2016 833 1.507 2.330
18/01/2016 228   1.697  1.920
21/12/2015 386 2.286 2.672
16/11/2015 602 936 1.530
19/10/2015 1.721 751 2.470

Fonte: BM&F Bovespa

Vencimento eleva volatilidade
A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.

Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.

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Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.