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SÃO PAULO – O Ibovespa ganha força em uma leve reação à ata do Fomc (Federal Open Market Committee), que mostrou a preocupação dos integrantes do Federal Reserve com o baixo crescimento econômico global. Além disso, o dia também é impactado pelo cenário político depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, colocando mais tensão no cenário político.
Às 15h34 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira tinha leve alta de 0,29%, a 49.055 pontos. Já o dólar comercial recua 1,58% a R$ 3,8158 na venda, enquanto o dólar futuro para novembro cai 1,93% a R$ 3,840. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 vira para queda de 21 pontos-base a 15,27% ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem baixa de 21 pontos-base a 15,28%.
No comunicado, os representantes do Fed explicaram que a manutenção dos juros inalterados deve-se ao nível atual de inflação no país, que está abaixo da meta de 2%. O banco central americano disse que aguarda por uma inflação ainda baixa este ano, em 2016 e 2017, e não vê a inflação alcançar a meta de 2% até 2018. Além disso, os representantes do Fed comentaram que os recentes eventos financeiros e econômicos globais podem limitar de alguma forma a atividade econômica
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Cenário político
Ontem, após 3 horas do início da sessão, o TCU decidiu, por unanimidade, rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff em 2014. O relator do caso, Augusto Nardes, fez a leitura das conclusões do relatório recomendando a rejeição das contas, sendo seguido pelos outros ministros. Com isso, Dilma torna-se a primeira presidente desde 1937, época do governo de Getúlio Vargas, a ter suas contas rejeitadas pelo TCU.
Com isso, só nesta quarta, o governo acumulou 4 derrotas seguidas. A primeira com o adiamento da análise dos vetos de Dilma a pautas bomba no Congresso. A segunda foi o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitando o pedido do governo contra o relator do processo das “pedaladas fiscais” no TCU, Augusto Nardes. A terceira foi a própria rejeição das contas de Dilma no TCU. E a quarta, por fim, foi o aumento da possibilidade de impeachment com o a aprovação da ação do PSDB no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pede a impugnação da chapa Dilma-Temer por irregularidades na campanha de 2014.
Em entrevista à Bloomberg, o analista político, David Fleische disse: “Dilma foi derrotada no TSE, está sendo derrotada no Congresso com a falta de quorum para votar os vetos, foi derrotada no STF e agora perdeu no TCU. É a semana Waterloo da Dilma”. Ele ainda falou que, sem dúvida, Brasília vai respirar bastante o clima de impeachment na próxima semana.
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Destaques de ações
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 10,85, +4,33%; PETR4, R$ 8,75, +3,31%) voltam a subir depois de passarem boa parte do pregão em queda. Os papéis da petroleira seguem o desempenho do petróleo, com o barril do WTI (West Texas Intermediate) disparando 4,58% a US$ 50,00, ao passo que o barril do Brent para dezembro tem alta de 3,84% a US$ 53,76.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Já as ações da Vale (VALE3, R$ 19,98, -0,84%; VALE5, R$ 15,94, +0,57%) operam entre perdas e ganhos apesar da forte alta dos preços do minério de ferro na China, enquanto os papéis das siderúrgicas dão continuidade à forte disparada dos últimos dias. No mercado, há expectativa de que as siderúrgicas, a começar pela CSN (CSNA3, R$ 5,03, +7,02%), anunciem vendas de ativos como forma de aliviar o elevado endividamento.
No setor, sobem ainda nesta sessão a Gerdau (GGBR4, R$ 6,70, +4,20%) e a Usiminas (USIM5, R$ 3,64, +7,37%). Na semana, a CSN já acumula alta de 32%, seguida pela Gerdau e Usiminas, com ganhos de 21% e 11%, respectivamente. Enquanto isso, a Vale segue para terminar a semana com valorização de 15%.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Também entre os destaques, as ações da Ambev (ABEV3, R$ 19,59, -2,05%) viram para queda. No radar da companhia, o presidente-executivo Carlos Brito, da Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, pediu a acionistas da SABMiller que reconheçam o valor de sua oferta de compra de 68 bilhões de libras (US$ 104 bilhões) e não deixem o Conselho da rival britânica frustrar que ela vá em frente. Em uma resposta formal à SABMiller, e ecoando comentários feitos na quarta-feira, a ABInBev disse que a visão do Conselho da SABMiller de que a proposta “subvaloriza substancialmente” a cervejaria não tinha credibilidade.
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