Lucro do Santander cai forte; Profarma compra 50% das farmácias Tamoios

Ainda entre os destaques, BTG Pactual compra fatia do Bamerindus; Cade Veta aquisição da Doux pela BRF

Paula Barra

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*Atualizada às 9h22 (horário de Brasília)

SÃO PAULO – A manhã desta quinta-feira (31) é marcada pelo sinal negativo nas negociações europeias, em meio aos resultados trimestrais pouco animadores na região e indicadores decepcionantes nos EUA.

Já entre os destaques corporativos por aqui, o Santander (SANB11) dá continuidade à temporada de balanços corporativos e revelou na manhã desta quinta-feira (31) seus resultados do quarto trimestre. O lucro líquido consolidado do banco em 2012 caiu cerca de 24%, para R$ 2,692 bilhões. Excluindo o impacto das despesas para amortização de ágio, o resultado somou R$ 6,33 bilhões no ano passado. 

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Fibria lucra R$ 48 mi no 4° tri
Ainda entre os resultados corporativos, a Fibria revelou na noite da véspera lucro líquido de R$ 48 milhões no último trimestre do ano passado, diminuindo suas perdas anuais para R$ 698 milhões. Esse número foi 20% menor do que os R$ 868 milhões perdidos em 2011.

A companhia viu sua receita avançar em 33% entre os últimos meses de 2011 e de 2012 – atigindo R$ 1,853 bilhão, levando o total anual para R$ 6,17 bilhões, 5% acima o visto no ano retrasado.

O Ebitda (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) atingiu os R$ 753 milhões nos últimos meses, alta de 93%, levando o total de 2012 para R$ 2,25 bilhões. Assim, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) cresceu de 28% para 41% na comparação trimestral e de 34% para 36% na anual. 

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BTG Pactual compra fatia do Bamerindus
Já o BTG Pactual (BBTG11) comunicou a aquisição da “parte podre” do  Banco Bamerindus por R$ 418 milhões. O banco de André Esteves vai pagar essa quantia em cinco parcelas, sendo uma na conclusão e as restantes anualmente, com correção. O mercado já especulava essa operação desde o ano passado, mas a aquisição só foi concluída nessa quarta.

Com isso, o BTG completa a aquisição de 98% do controle acionário da instituição e das subsidiárias. Previamente à conclusão e fechamento da operação será cessada a liquidação extrajudicial da empresa, sendo que os passivos financeiros serão liquidados ou saneados – o que resultará em um patrimônio líquido positivo, sendo que dentro os ativos não consta a marca Bamerindus.

Profarma compra 50% da Tamoios
Doze dias após comprar por R$ 87 milhões a Drogasmil e a Farmalife, a distribuidora de remédios Profarma (PFRM3) fechou, na noite da véspera, a aquisição de uma participação da rede carioca de farmácias Tamoios. 

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Por R$ 104 milhões, a Profarma se tornou dona de 50% da empresa, que manterá a família Cosendey como co-controladora. A aquisição é o segundo negócio feito pela distribuidora no varejo. Na semana passada, a Profarma anunciou a sua entrada no setor de drogarias com a compra da carioca Drogasmil.

Cade veta aquisição da Doux pela BRF
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou a aquisição de ativos de produção e abate de súinos da Doux Frangosul pela Brasil Foods (BRFS3), comunicou a instuição na última quarta-feira.

Os ativos se situavam em Ana Rech, no Rio Grande do Sul, e haviam sido oferecidos como garantia de um empréstimo concedido pela Brasil Foods à Doux. Elvino de Carvalho Mendonça, conselheiro relator do caso, fixou prazo para vender todos os ativos a terceiros e aplicou uma multa por intempestividade à Brasil Foods.

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Gol pode ser multada por corte na Webjet
O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro entrou com um requerimento na Justiça do Trabalho solicitando que a VRG Linhas Aéreas, controladora da Gol (GOLL4), pague uma multa de R$ 28 milhões pelo não cumprimento da decisão judicial que determinou a reintegração dos 850 funcionários demitidos da Webjet em novembro do ano passado.

O entendimento do MPT-RJ foi de que a Gol deveria ter reintegrado os trabalhadores na VRG, e não na Webjet – empresa que não opera mais -, como fez. O requerimento de execução da multa foi apresentado ao juiz da 23ª vara trabalhista, calculando os 33 dias de descumprimento da liminar pelo número de trabalhadores não reintegrados à Gol.

BHG projeta investir R$ 1 bi e chegar a 70 hotéis
A BHG (BHGR3), empresa de investimentos em hotéis do fundo de private equity GP Investments, poderá alavancar em torno de R$ 1 bilhão, até 2015, para ultrapassar a marca de 70 hotéis em operação no Brasil.

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Deste total, o presidente da BHG, Pieter Van Voorst Vader, revelou, em entrevista ao Valor, que quase R$ 800 milhões já estão garantidos, pois 21 contratos de novos hotéis já foram assinados. Atualmente, a BHG conta com 49 hotéis em operação, mas quer ter pelo menos 70 nos próximos três anos.

Além dos 70 hotéis até 2015, Vader afirmou que a BHG pode ultrapassar essa meta, pois o objetivo da empresa é oferecer, a cada ano, 1,5 mil novos quartos. Como o investimento médio da BHG num apartamento é de R$ 175 mil, o investimento adicional poderá chegar a R$ 260 milhões, alcançando o R$ 1 bilhão nos próximos três anos.

Acionista diminui participação para 22,4% na V-Agro
A Vanguarda Agro (VAGR3) comunicou o diluição da participação do fundo de investimento multimercado crédito privado VNT, do qual Otaviano Olavo Pivetta é o único cotista, na companhia. 

O fundo diminuiu sua fatia na empresa para 22,43%, totalizando 781.987.738 de ações ordinárias da companhia, mas ainda se mantém como principal acionista da empresa. Anteriormente, o fundo detinha 27,71% da companhia.

Tarpon propõe dividendos no valor de R$ 19,5 milhões
A Tarpon Investimentos (TRPN3) propôs, em reunião realizada em 28 de janeiro, dividendos no valor de R$ 19,5 milhões para exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013, mesmo valor aprovado para o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012.

A companhia esclarece que, do limite global aprovado no ano passado, foram efetivamente recebidos pelos administradores da companhia R$ 1,585 milhão. Referida diferença é decorrente, dentro outros motivos, do desempenho da companhia em referido período. 

CSN esclarece sobre aporte do BNDES para compra da CSA
A CSN (CSNA3) esclareceu rumores sobre negociação de aporte bilionário do BNDES para compra da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico). Mercado cogita que banco de investimentos entraria com US$ 4 bilhões para conclusão da aquisição. 

A companhia, entretanto, reiterou “política de acompanhar eventuais oportunidades nos setores em que atua, e permanece comprometida com a transparência e continuará a divulgar atos vinculantes que constituam fatos relevantes nos termos da legislação em vigor, nos momentos adequados e de forma homogênea a todo o mercado”.