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SÃO PAULO – O pessimismo empera no mercado, conforme sinais de recessão nos Estados Unidos aparecem. Investimentos de risco mostram piora, investimentos seguros avançam cada vez mais. Não é de se espantar que a percepção entre os investidores brasileiros reflitam essa tendência. De acordo com a enquete do Portal InfoMoney, “como você acha que o Brasil sairá destas turbulências?”, 36% dos leitores mostraram sua crença de que o Brasil deverá ser prejudicado pelo atual quadro macroeconômico global.
No entanto, 31% dos leitores possuem uma opinião contrária aos pessimistas, acreditando que por conta dos bons fundamentos do País deverão sustentar inclusive um fortalecimento. Ademais, 33% dos leitores optaram por não acreditar nem no lado positivo, quanto no lado negativo. Já 29% dos leitores acreditam que isso passará pelo País de uma maneira “neutra”, enquanto 4% afirmaram não saber responder à questão.
Recessão? Estou fora!
Um mercado emergente, com crescimento fortalecido como o brasileiro, aparece como um dos principais alvos quando a aversão ao risco aumenta, o que tem justificado, na opinião de alguns, o sobe e desce da bolsa brasileira em ritmos mais agressivos do que entre os mercados desenvolvidos. Vale lembrar que, na última semana, o Ibovespa caiu 8,08% em uma única sessão, avançando 5,09% na sessão posterior.
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Isso colabora para a piora da percepção econômica entre os brasileiros, temerosos por conta da piora nos dados nos Estados Unidos, país de origem de grande parte do dinheiro que circula na BM&F Bovespa. Além disso, a situação na Europa também não agrada. Enquanto Grécia, Irlanda e Portugal precisam de enormes quantias de resgate, o temor do mercado diante às grandes economias da Zona do Euro, como a França, aumenta.
Assim, os pessimistas acabam se perguntando: uma economia ainda em desenvolvimento, como a brasileira, estaria apta a enfrentar uma grave crise como a que se desenvolve em 2011?
Crise não afetará o Brasil
Contudo, há quem acredite que o Brasil mal será afetado por essa situação. Os bons fundamentos da economia e do mercado brasileiro deverão justificar inclusive um fortalecimento. De acordo com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, o País não está em crise e não deverá entrar em recessão por conta da piora externa, que deverá ser duradoura. Àqueles que dividem dessa opinião, os otimistas, não vêem na piora da economia externa, e das projeções para a mesmas, como grande empecilho para o crescimento do Brasil.
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Para estes, mesmo que o risco de recessão externa, a repercussão tem sido muito baseada no pânico. “Os relatórios recém divulgados ainda são muito bombásticos e pouco palpáveis”, afirma Pedro Galdi, estrategista chefe da corretora SLW. Assim, o investidor encontra razões tanto para otimismo e pessimismo, mas somente o tempo pode mostrar quem está certo.
Confira o resultado da enquete:
| Como você acha que o Brasil sairá destas turbulências? | ||
|---|---|---|
| Opção | Respostas | % |
| Prejudicado, por conta da aversão ao risco | 787 | 36% |
| Fortalecido, temos melhores fundamentos | 680 | 31% |
| Neutro, temos pontos fracos também | 618 | 29% |
| Não saberia dizer | 80 | 4% |
| Total | 2165 | 100% |
