Fundamentos do setor são sólidos, mas câmbio preocupa, ressalta Fibria

Empresa vê manutenção do foco em redução da alavancagem, mas posicionamento para enfrentar cenário macro instável

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SÃO PAULO – A Fibria (FIBR3) voltou a ressaltar seu foco na estratégia de desalavancagem, mesmo sob um cenário difícil relativo aos preços de celulose e da apreciação do real frente ao dólar.

“As medidas que estamos tomando têm algum tempo de maturação”, afirmou o presidente da empresa, Marcelo Castelli, durante teleconferências com a imprensa e com analistas sobre os resultados trimestrais, realizada na manhã desta quarta-feira (27).

Ademais, o executivo afirmou que o “fundamento de mercado é sólido, mas o cenário macroeconômico traz cautela”. Os diretores da empresa voltaram a afirmar que se preparam para um cenário de maior estresse, com pressão sobre a geração de caixa pelo câmbio, concentrando investimentos na formação da base florestal.

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Avaliação
“[Este processo] vai tomar 2011 e 2012, até decidirmos puxar o gatilho para a compra e o início de investimentos na nova fábrica de celulose”, disse o presidente da empresa, Marcelo Castelli.

No entanto, os diretores da empresa não forneceram projeções sobre o processo de desalavancagem. “O que eu posso dizer é que nós esperamos, entre agora e o final do ano, o evento de liquidez”, como a atual negociação para a venda de ativos industriais e imobiliários em Piracicaba.

“É difícil dar um guidance no momento, mas estamos confiantes no projeto “competitividade”, explicou o diretor financeiro João Elek, que voltou a reforçar sua expectativa favorável em relação aos resultados no segundo trimestre, “a despeito do cenário câmbio preço”.

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Momentâneo
Sobre o atual processo de queda das commodities, o analista afirmou que o mercado de celulose “passa por uma sazonalidade, ajuste normal de preços neste período de verão europeu”, disse o presidente da empresa.

“Os fundamentos estão adequados, estoques aumentaram muito mais em função da melhora em produtividade”, explicou o executivo, que completou afirmando que “o gap atual entre fibra curta e longa está no patamar histórico”.